Domingo, 31 de março de 2013
Quando comecei minhas pesquisas sobre a
Cidade do México coloquei como prioridade conhecer a zona de
Xochimilco, que é onde há vários canais construídos pelos astecas. Antigamente essa área tinha uma importância enorme para o povo, porque era a principal fonte de alimentação, tanto que foi poupada da destruição depois da conquista espanhola. Hoje, esses canais fazem a alegria de moradores e turistas que visitam a capital mexicana.
Para chegar lá não tem mistério, embora muita gente ache que é preciso comprar um tour, por ser mais afastado do centro. Mas ir por conta própria é uma experiência bem legal e super tranquila.
Acordamos bem cedinho e pegamos o metrô até Taxqueña. Depois, pega-se o chamado tren ligero - que de rápido não tem nada - para Xochimilco. Logo que sair da estação, você pode pegar um mini-ônibus-caindo-aos-pedaços para chegar até o embarcadero. O mais famoso deles é o Nuevo Nativitas e foi para lá que nós fomos. É só perguntar que todo mundo orienta.
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Entrada do embarcadero |
A gente acabou chegando muito cedo e o movimento estava bem fraco (na verdade, só começa a ficar cheio mesmo a partir do meio-dia). Resolvemos dar uma passeada pela área e chegamos na entrada principal, onde há um mercado de artesanato. O preço oficial da trajinera (barco plano que faz o passeio) é MXN 350, mas o rapaz fez por MXN 250, o passeio de uma hora. A trajinera é enorme, cabe bastante gente, mas é complicado achar pessoas lá na hora para dividir. A gente até queria fazer isso, para sair um pouco mais barato, mas vimos que não ia dar certo.
Anote: Uma hora de passeio de trajinera MXN 350 = R$ 56.
As embarcações são todas bem coloridas e têm nomes de mulheres, que são parentes e/ou namoradas/esposas dos
remeros. Muitas, como a nossa, também fazem homenagem à tão adorada
Virgem de Guadalupe, chamada carinhosamente de
Lupita. Nosso companheiro foi o
remero Angés, super gente boa. Ele foi conversando e nos contando tudo sobre
Xochimilco e a
Cidade do México. A bordo, há bebidas com preços bem razoáveis (MXN 20 a cerveja e MXN 15 o refrigerante => R$ 3,20 e R$ 2,40, respectivamente). Há também vários outros barquinhos vendendo comidas, artesanto e muitos com os famosos
mariachis oferecendo música como trilha para o passeio. Fazer um lanchinho a bordo é uma experiência diferente e bem agradável. Adorei!
Dica: coma o milho assado com limão e sal. Nunca achei que uma combinação tão simples fosse fazer tanta diferença. Uma delícia!
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As Trajineras coloridas de Xochimilco |
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Nossa Trajinera |
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Canais de Xochimilco |
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Remera por um dia! :P |
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Na busca pelo meu nome, só achei assim. |
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Nós e Angés |
O único problema do passeio é que dá vontade de ficar por mais horas e horas ali, mas aí você vai acabar pagando caro, então o jeito é se contentar. Por isso também deixo um conselho: melhor ir cedo como nós fomos, pois quando lota há engarrafamentos de trajineras e esse tempo perdido vai contar da sua hora paga. ;)
Na volta para o centro, descemos na
estação Hidalgo e fomos conhecer o
Monumento a La Revolución. É super engraçado porque na frente dele tem uma
fonte que é ligada de vez em quando e onde as pessoas tomam banho e se divertem. Parece a praia deles. Tem gente que leva canga, toalha, lanche, tudo! A galera vai ao delírio quando começa a jorrar água do chão. Muito engraçado! Vimos tudo de camarote, lá de cima da torre (aproveitamos e filmamos tudo, claro. Olha
aqui!).
Anote: subida no Monumento: MXN 40 por pessoa = R$ 6,40
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O Monumento a la Revolución e seu elevador panorâmico |
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Eu lá em cima |
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Mexicanos pirando com a fonte |
Saímos de lá e fomos caminhar pela famosa e moderna
Avenida Paseo de la Reforma. Aos domingos, ela fica fechada para pedestres, mas só até às 14h. Essa avenida foi criada pelo imperador Maximiliano 1º nos moldes da
Champs-Élysées de Paris, então já dá pra imaginar que é bem agradável e bonita, né?! Ao longo dela há muitas árvores, monumentos de mármore e ouro, mas o mais legal que achei foram os
bancos-obras-de-arte que se encontra pelo caminho. Cada um mais legal que o outro!
Almoçamos lá por perto, num restaurante de uma rede famosinha, a VIP's, mas que de bom não tem nada. O atendimento foi ruim, a comida foi cara, feia e mal feita. Depois dessa triste escolha, andamos pela Avenida Insurgentes em direção à Zona Rosa. A gente nem esperava muito desse bairro, mas achamos o máximo! É um bairro descolado, com muitas boates, bares, lojas. É mais conhecido por ser uma zona gay, o que já indica que é bem animado. A rua Génova é só para pedestres e super legal de passear. Adorei!
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Eu na Avenida Paseo de La Reforma |
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Banco de baralho |
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Ói eu ali em cima! |
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Rua de pedestres na Zona Rosa |
À noite resolvemos conhecer a
Plaza Garibaldi, famosa por ser o reduto dos
mariachis. Pegamos o metrô e fomos até a estação de mesmo nome da praça. Assim que desci já não gostei, me senti muito insegura, como ainda não tinha me sentido por lá. Ainda assim resolvemos encarar e andamos os dois ou três quarteirões até chegar na praça. Lá, nada demais. A praça é escura, há muitos mariachis, mas pouca gente (pelo menos quando a gente foi). Tem também um mercado, o
San Camilito, com vários restaurantes que te disputam. Os garçons chegam a jogar o cardápio na sua mão. Gostei não! Nem demoramos e voltamos correndo. Terminamos a noite bem mais tranquilos, comendo sushi perto do hostel (aliás, a Cidade do México é uma ótima oportunidade de comer sushi por um preço bem mais acessível).
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