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7.7.11

Piranhas contada em cordel

Eu pensei em escrever outros post aqui para falar sobre a história de Piranhas, essa cidade Patrimônio Nacional, por onde passou Dom Pedro II e Lampião. Mas preferi dividir um cordel que explica muito melhor do que qualquer palavra minha.

Palácio Dom Pedro II

História de Piranhas
Contada em cordel
De autoria de Maria José de Farias.


"Um dia um pescador
Vai a um riacho pescar
Lá pescou uma piranha
Que deu nome ao lugar
O que era Vila da Tapera
Piranhas vai se chamar

Um dia a cidade
Estava sem esperar
Quando de repente um navio
Veio abordar neste lugar
Trazendo Dom Pedro II
Para as coisas melhorar

...

Em 1878, início da construção
Da estrada de ferro Paulo Afonso
Nessa mesma região
Já não fala mais de tristeza
Aqui no alto Sertão
Completou a alegria daquela população

Quando tudo estava bem
Chegou a revolução
Lá se vem Lampião
Acabando com a Nação
Tirando do pobre e do rico
Não respeitava um cristão

Mas felizmente acabou
Toda aquela aflição
No ano de trinta e oito
Com o fim de Lampião
Piranhas serviu de palco
Pra aquela cena de cão.

...

Hoje em dia esta cidade
Tem algo que outras não têm
Com sua beleza rara
Encanta quem nela vem
Por isso serviu de cenário
Para alguns filmes também

Essa cidade pequena
Tornou-se especial
Por ter sido tombada
Como Patrimônio Nacional
É o canto perfeito
De todo povo em geral

Quem visita esta cidade
Não esquece de voltar
Com sua gente hospitaleira
E a cultura do lugar
Deixa o povo apaixonado
Com vontade de aqui morar."
5.7.11

As belezuras de Piranhas, no sertão de Alagoas

"É que nem Olinda, só que na beira do Rio São Francisco".



Essa foi a frase do meu namorado para descrever o município de Piranhas e acho que realmente é a melhor explicação para se ter uma ideia do que é o lugar - pelo menos para nós pernambucanos.
Piranhas é uma cidadezinha simpática, alegre, turística, organizada e linda do Sertão de Alagoas. E eu tive a oportunidade de ir por aquelas bandas e conhecer o lugar, mês passado.

As casinhas coloridas de Piranhas
A gente foi passar o São João em Águas Belas, a mais ou menos uma hora e meia de carro de lá. No sábado, resolvemos fazer um passeio e passamos o dia em Piranhas.

A ideia, claro, foi ótima, mas ao mesmo tempo angustiante, já que em um dia se conhece pouco e eu agora estou louca por um feriado para voltar lá. Sim, feriado prolongado, porque aqui de Recife para lá são cerca de 360 km, o que dá umas cinco horas de carro. Bom, como não tive muito tempo por lá, vou falar superficialmente do que pude conhecer.

Centro de Artesanato
A cidade é toda formada por casinhas coloridas, parece saída de uma lembrancinha talhada em tronco, dessas que se compra em viagem . Visitamos por lá o Centro de Artesanato - tem pouca coisa; algumas lojinhas que vendem acessórios feitos com o couro da tilápia; o Museu do Sertão, que conta um pouco sobre a história do cangaço e traz objetos daquela época; ainda fomos em uma exposição sobre antigas embarcações, onde são expostas maquetes de diversos tipos de barcos e navios que passaram pelo município. Para dar um toque especial ao passeio, tomamos um café na torre do relógio. Obrigatório subir lá para comer alguma coisa, apreciar a vista e tirar foto, claro.

Mas o que mais me emocionou foi o encontro com o Velho Chico. Não achei que fosse tão bonito. Sempre tive vontade de conhecer e vê-lo a partir de Piranhas foi especial. E para aumentar a minha angústia, o tempo veio atrapalhar e não deixou eu tomar o banho que estava desejando. Tô louca até agora por isso. Mas, ok, eu vou voltar lá e matar minha vontade. Só espero que não demore.

Café da Torre
Saímos de Piranhas para conhecer a Usina Hidrelétrica de Xingó, já na divisa com Sergipe! De lá, mais vistas lindas para o Rio São Francisco. Dá vontade de ir parando a cada cinco minutos para tirar foto! Fomos até um restaurante flutuante, de onde sai um catamaran, que faz passeios de três horas de duração pelos cânions do São Francisco (R$ 50 por pessoa). Mas também não pudemos fazer, vai ficar para a próxima. Na volta, para completar a viagem, paramos no Museu de Arqueologia de Xingó, que conta, principalmente, sobre a forma como os índios viviam naquela região. Vale a pena dar uma passada por lá (R$ 3 inteira).

Rio São Francisco
Saímos de lá já no fim da tarde. Na paisagem de volta, vão nos acompanhando as torres de transmissão da Chesf, que nos lembram o tempo todo que estamos perto do São Francisco. Aos poucos, as torres vão desaparecendo na estrada e só ficam as lembranças de um lugar lindo, ao qual eu não vejo a hora de voltar.
3.12.10

Pirão bom é do Bar do Mano!

Eu nunca fui fã de pirão. Gostava, mas não era louca pela comida. Mas isso foi antes de conhecer o Bar  e Restaurante do Mano, na praia de São Bento (AL). Desde que comi o pirão desse lugar, nunca mais deixei de ir ao restaurante quando estou por aquelas bandas.
Primeiro, falemos sobre o local. O Bar do Mano fica na beira do mar, na praia de São Bento, um lugar ótimo para levar sua esteirinha e relaxar. Mar limpo, calmo, praia tranquila. Você pode tanto aproveitar o banho gostoso ou simplesmente ficar apreciando o marzão sentado numa mesa dentro do restaurante.

Aí podemos falar do atendimento. O restaurante está sempre lotado, mas todas as atendentes estão lá dispostas a pegar o seu pedido e lhe servir o mais rápido possível. Elas chegam a falar correndo e se você pensar demais vai perder a vez, porque elas vão atender outro. É tudo na correria, mas a simpatia está sempre presente.
Isso tudo é obra do Mano, dono do restaurante, um senhor de cabeça branca, com um sorriso gostoso que está sempre por lá dizendo "oi, meu amigo!" para cada um, em cada mesa. Uma pessoa simples que quando perguntada sobre o segredo de uma comida tão boa, passa logo a bola: "Minha filha, isso são as 'menina'. Elas vão botando uma 'fari-inha' aqui, um bocadinho de leite ali, aí fica bom, neh?!".
E já que falamos na comida, não há como escapar do foco: o pirão. Nosso pedido lá é sempre o mesmo: posta de peixe frito, acompanhado de pirão de coco, pirão de tomate e arroz. Confesso que o pirão de tomate não chega a participar do meu prato, já que não consigo largar o de coco. O negócio é bom demais!
O prato serve MUITO bem duas pessoas. Dá até para três, se conseguirem resistir e comer pouco. Como a gente não consegue, sempre saímos de lá andando devagar, segurando um no outro, com a barriga dura, cheia de pirão. E vale a pena. Se vale!

Vai lá?
Bar e Restaurante do Mano
Beira-mar da Praia de São Bento - AL
:: Tel.: (82) 3296.7106 ::
22.11.10

Restaurante Maré Mansa é parada obrigatória em Maragogi

Sempre que vou a Maragogi uma parada é certa, já faz parte da programação: comer a galinha à cabidela de Tia Amara, no Restaurante Maré Mansa. Só de lembrar minha boca já enche d'água.

Placa do restaurante
O restaurante é daqueles bem simplezinhos, que começou com uma mesinha no terraço e foi aumentando até ter mesas espalhadas pelo quintal inteiro. A responsável pelo cardápio é Dona Amara, uma senhora simpática que sempre está por lá rodeando todas as mesas para ver se tá tudo certo.

O restaurante funciona na casa simples de Tia Amara
A comida é bem caseira. Tem peixe, lagosta e a já falada galinha à cabidela. Dessa não abro mão! O prato vem bem servido, acompanhado de feijão, arroz, salada e da melhor farofa do mundo! Eu, como apreciadora de uma boa farofa, sempre quero mais. É a única coisa que pra mim não basta, uma porção é pouco. Você come, sai cheio, mas a vontade de comer a farofa de lá com o molhinho da cabidela não passa... (minha barriga roncou).
A melhor galinha à cabidela!
Depois dessa descrição, acho que já deu pra perceber o quanto vale a pena a visita, né?! E, na saída, não esqueça de comprar um pote de doce caseiro pra voltar se deliciando na viagem.
17.11.10

O camping de Jesus

A primeira vez que visitei a casa, ou melhor, o camping de Jesus foi por acaso, daqueles acasos fortes, tipo "cair de paraquedas". Foi mesmo a intuição que foi levando, levando, até a gente chegar lá. Afinal, o caminho para o camping de Jesus não é muito sinalizado ou explicado nos guias de viagem.

Barracas
Explico: estou falando do camping de Sávio, vulgo Jesus, em Ponta de Mangue (Maragogi, Alagoas), a uns 110 km do Recife. Conheci o lugar quando estávamos eu e meu namorado voltando de uma tentantiva frustrada de acampar em Barra de São Miguel (AL). Voltando, sem saber onde íamos passar nossos dias livres, resolvemos entrar numa ruazinha, saímos dirigindo por estradinhas de terra até que... "camping"! Nem acreditamos na surpresa que o tão querido acaso proporcionou. Isso faz quase 2 anos e, desde então, esse é um dos nossos destinos preferidos para finais de semana ou feriados.

Aluguel de caiaque no próprio camping

O lugar é lindo, super organizado, pequeno e completo. Tem estrutura de banheiros feminino e masculino, geladeira para guardar o necessário, lugar para fazer um foguinho. Perto das barracas há pontos de energia, para ligar um abajour, ventilador e o que mais for necessário. Nada de gente mal educada, com som alto. Tudo e todos são muito tranquilos.

Entrada do camping pela praia
O camping fica no melhor ponto da praia, bem em frente às piscinas naturais e onde, em épocas de lua cheia e/ou nova, o banco de areia vai até elas. Nem precisa gastar dinheiro com os passeios turísticos de barco que levam até as galés. Só é preciso disposição e máscaras de mergulho para aproveitar. Não tem máscara? Jesus aluga. Se você quiser, há também aluguel de caiaque (R$ 15 a hora) e aulas de windsurf. Jesus é quem ensina, com a maior calma e um sorrisão no rosto.

Escritório
A diária para se hospedar no camping de Jesus custa R$ 20 por pessoa. Em feriados longos ou datas comemorativas é sempre bom agendar sua ida antes. A quantidade de barracas é sempre limitada, pois Jesus não gosta de bagunça e confusão no seu pedacinho do céu. Sim, porque não há palavra melhor para definir o lugar do que "paraíso", mesmo com todo o clichê dessa descrição.


Vai lá?
Camping de Sávio (Jesus)
:: Ponta de Mangue, Maragogi, AL ::
:: Tel.: (81) 9428.9100 :: (82) 3296.9182 ::