13.7.11

Um passeio delicioso pelo calçadão: Barracuda

Imagens :: Elder Melo

Sempre que posso, vou dar um passeio pelo calçadão de Boa Viagem. Estou redescobrindo isso por esses dias, já que decidi começar a caminhar (embora a chuva não esteja ajudando). Para quem também não dispensa esse passeio e, assim como eu, adora uma comidinha, a dica é boa: uma passada pela Barraca Barracuda.


Quem normalmente vai à praia de Boa Viagem já percebeu que os quiosques de coco deixaram de ser somente isso e passaram a ser pontos de uma gastronomia bem variada. Hoje a gente já encontra de tudo nas barracas da praia: de açaí a comida regional, de lanches a pratos internacionais.

A Barracuda, por exemplo, é um desses quiosques onde o coco é quase um coadjuvante. Por lá, pratos gourmets fazem parte do cardápio. Além disso, toda quarta-feira (hoje é dia!) um chef renomado da cidade vai até a Barracuda preparar algumas de suas especialidades. Hoje mesmo, a chef Sofia Mota, do restaurante Marangatu, de Porto de Galinhas, vai preparar um ceviche de polvo e um arroz de pato para quem adora uma comidinha refinada. O preparo do prato não é feito lá, já que é proibido cozinhar nos quiosques. Os chefs levam tudo pré-pronto, só pra ser aquecido.


Quem comanda a barraca é a empresária Ana Lins e o chef Jeff Colas, do Maison do Bonfim, que desenvolveu o cardápio. A ideia é ter esse pratos requintados a um preço acessível, e degustados em um ambiente agradável, como a praia. Entre as comidinhas do menu, coquille de camarão (R$ 6), Barquete de salmão (R$ 8 - 4 unidades), Mexilhão Roquefort (R$ 16 - 8 unidades) e até scargot (R$ 29)!


A barraca funciona de quarta a sábado, das 16h às 22h, e no domingo das 10h às 16h. Se bem que normalmente a farra é tão boa que o horário se estende... Quando o verão chegar, a Barracuda vai estar de portas janelas abertas todos os dias, para quem quiser deixar o passeio pelo calçadão ainda mais gostoso.

Vai lá?
Barraca Barracuda
Av. Boa Viagem, quiosque 03, Posto 2 :: Pina (entre o Bar da Praia e o La Cuisine)
De quarta a domingo, das 16h às 22h (domingo a partir das 10h).
11.7.11

Um quitutinho mineiro, uai!

Imagens :: Edgar Falcão Jr

Como toda metrópole que se preze, Recife dá espaço para elementos de diversas culturas. A gastronomia, por exemplo, é um desses casos. Aqui a gente encontra restaurante para todos os gostos e produtos de todo o país.

Pois bem, por esses dias fui a um lugar bem legal onde podemos comer, comprar e levar um monte de coisa da cozinha típica de Minas, uai!

Doces de compota
O Delícias de Minas fica em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.
Rejane, que é mineiríssima, comanda com toda sua simpatia o lugar, com a ajuda das filhas. Por lá, é possível encontrar coisas deliciosas e bem típicas, como o queijo característico do estado, geléias de tudo quanto é sabor, frutas típicas, doces de compota, cachaças... pimenta, então, “é boia!” Ah! Sem esquecer do famoso pão de queijo mineiro. Você pode comprar o quitute congelado para viagem ou degustar lá mesmo, no ambiente mineiro que a casa oferece. Os produtos vêm direto de Minas, pelo marido de Rejane, que está sempre viajando e trazendo.

Geléia de cachaça e caipirinha
O espaço é novo, tem só um aninho de funcionamento. Nesse tempo, Rejane teve a ótima ideia de oferecer combos de café da manhã, que contam com frutas, sucos, pães, queijos, café, pão de queijo, bolo... tem de todo jeito, de todo preço, para ninguém botar defeito. Uma delícia! O pão de queijo, então, nem se fala.

Pão de queijo mineiro
O lugar abre cedinho, funciona das 7h às 20h30, de segunda à sexta e das 7h30 às 20h30, nos sábados e domingos.
Então já sabe: se tiver lá pelas bandas de Piedade e bater uma fome de manhã cedo ou quiser comer um quitutinho mineiro, a dica é esta! ;)

Café da manhã

Vai lá?
Delícias de Minas
Av. Bernardo Vieira de Melo, 3764.
:: Sentido Candeias - Piedade, fica do lado esquerdo, um pouco antes do Hotel Dorisol ::
:: 3093.3300 ::
7.7.11

Piranhas contada em cordel

Eu pensei em escrever outros post aqui para falar sobre a história de Piranhas, essa cidade Patrimônio Nacional, por onde passou Dom Pedro II e Lampião. Mas preferi dividir um cordel que explica muito melhor do que qualquer palavra minha.

Palácio Dom Pedro II

História de Piranhas
Contada em cordel
De autoria de Maria José de Farias.


"Um dia um pescador
Vai a um riacho pescar
Lá pescou uma piranha
Que deu nome ao lugar
O que era Vila da Tapera
Piranhas vai se chamar

Um dia a cidade
Estava sem esperar
Quando de repente um navio
Veio abordar neste lugar
Trazendo Dom Pedro II
Para as coisas melhorar

...

Em 1878, início da construção
Da estrada de ferro Paulo Afonso
Nessa mesma região
Já não fala mais de tristeza
Aqui no alto Sertão
Completou a alegria daquela população

Quando tudo estava bem
Chegou a revolução
Lá se vem Lampião
Acabando com a Nação
Tirando do pobre e do rico
Não respeitava um cristão

Mas felizmente acabou
Toda aquela aflição
No ano de trinta e oito
Com o fim de Lampião
Piranhas serviu de palco
Pra aquela cena de cão.

...

Hoje em dia esta cidade
Tem algo que outras não têm
Com sua beleza rara
Encanta quem nela vem
Por isso serviu de cenário
Para alguns filmes também

Essa cidade pequena
Tornou-se especial
Por ter sido tombada
Como Patrimônio Nacional
É o canto perfeito
De todo povo em geral

Quem visita esta cidade
Não esquece de voltar
Com sua gente hospitaleira
E a cultura do lugar
Deixa o povo apaixonado
Com vontade de aqui morar."
5.7.11

As belezuras de Piranhas, no sertão de Alagoas

"É que nem Olinda, só que na beira do Rio São Francisco".



Essa foi a frase do meu namorado para descrever o município de Piranhas e acho que realmente é a melhor explicação para se ter uma ideia do que é o lugar - pelo menos para nós pernambucanos.
Piranhas é uma cidadezinha simpática, alegre, turística, organizada e linda do Sertão de Alagoas. E eu tive a oportunidade de ir por aquelas bandas e conhecer o lugar, mês passado.

As casinhas coloridas de Piranhas
A gente foi passar o São João em Águas Belas, a mais ou menos uma hora e meia de carro de lá. No sábado, resolvemos fazer um passeio e passamos o dia em Piranhas.

A ideia, claro, foi ótima, mas ao mesmo tempo angustiante, já que em um dia se conhece pouco e eu agora estou louca por um feriado para voltar lá. Sim, feriado prolongado, porque aqui de Recife para lá são cerca de 360 km, o que dá umas cinco horas de carro. Bom, como não tive muito tempo por lá, vou falar superficialmente do que pude conhecer.

Centro de Artesanato
A cidade é toda formada por casinhas coloridas, parece saída de uma lembrancinha talhada em tronco, dessas que se compra em viagem . Visitamos por lá o Centro de Artesanato - tem pouca coisa; algumas lojinhas que vendem acessórios feitos com o couro da tilápia; o Museu do Sertão, que conta um pouco sobre a história do cangaço e traz objetos daquela época; ainda fomos em uma exposição sobre antigas embarcações, onde são expostas maquetes de diversos tipos de barcos e navios que passaram pelo município. Para dar um toque especial ao passeio, tomamos um café na torre do relógio. Obrigatório subir lá para comer alguma coisa, apreciar a vista e tirar foto, claro.

Mas o que mais me emocionou foi o encontro com o Velho Chico. Não achei que fosse tão bonito. Sempre tive vontade de conhecer e vê-lo a partir de Piranhas foi especial. E para aumentar a minha angústia, o tempo veio atrapalhar e não deixou eu tomar o banho que estava desejando. Tô louca até agora por isso. Mas, ok, eu vou voltar lá e matar minha vontade. Só espero que não demore.

Café da Torre
Saímos de Piranhas para conhecer a Usina Hidrelétrica de Xingó, já na divisa com Sergipe! De lá, mais vistas lindas para o Rio São Francisco. Dá vontade de ir parando a cada cinco minutos para tirar foto! Fomos até um restaurante flutuante, de onde sai um catamaran, que faz passeios de três horas de duração pelos cânions do São Francisco (R$ 50 por pessoa). Mas também não pudemos fazer, vai ficar para a próxima. Na volta, para completar a viagem, paramos no Museu de Arqueologia de Xingó, que conta, principalmente, sobre a forma como os índios viviam naquela região. Vale a pena dar uma passada por lá (R$ 3 inteira).

Rio São Francisco
Saímos de lá já no fim da tarde. Na paisagem de volta, vão nos acompanhando as torres de transmissão da Chesf, que nos lembram o tempo todo que estamos perto do São Francisco. Aos poucos, as torres vão desaparecendo na estrada e só ficam as lembranças de um lugar lindo, ao qual eu não vejo a hora de voltar.