30.4.10

Passeando em Buenos Aires :: o último dia de viagem na Argentina

Hoje foi bem último dia de viagem. Acordei morta, cansadíssima, com dor nos pés e uma gripezinha que fiquei de herança dessa mudança de temperatura. Por falar nisso, o frio deu mesmo uma trégua e o dia estava com 19º, o mais quente desde que chegamos. Embora mortos, levantamos e fomos passear.

Pegamos a linha C do metrô e fomos até a Av. Santa Fé, da estação San Martin até Callao, onde dizem ter muitas lojas legais. Eu, realmente, não achei nada demais. Muita coisa cara e comum. Fomos até a Galeria Bond Street, um lugar de uns três andares, cheio de lojas voltadas para quem gosta de rock, com roupas, studios de tatuagem e afins... Me impressionou o horário de funcionamento das coisas. Eram 11h e a maioria das lojas de galeria estava fechada.

Pegamos o metrô de volta para a estação San Juan e passeamos mais pela calle Defensa, em San Telmo, onde achamos as lojas mais legais. Como este era o último dia, hora de gastar os pesos que restaram. Deixamos as compras no hostel e almoçamos mais uma vez um bife de chorizo com papas fritas. Neste restaurante tinha o menu executivo, comum por lá, onde se paga um preço único por entrada, prato principal, sobremesa e bebida (neste, $40).

Nos arrastando, fomos até a Florida, no centro, gastar o pouco que sobrou. Eu estava com abuso da rua, mas é a melhor opção para comprar lembrancinhas a um preço legal. Até meu cachorro Chicó ganhou um presente diferente que encontrei por lá. Lanchamos na Havanna, compramos CDs de tango... Por falar em música, lá há muitas bandas que fazem shows no meio da rua, com qualidade! A galera se organiza, monta tudo e faz seu som para quem estiver passando. Uma dessas foi a Hormigas Negras. Aproveitamos para trazer CDs de lembrança deles também.

Depois das compras, voltamos ao hostel e mãos à obra para arrumar as malas. Chega bateu aquela tristezinha de fim de coisa boa. À noite, a pedida foi um sushizinho delícia e dormir! Estávamos precisando...

Manhã de Sexta-feira (Viernes, 09 de abril de 2010):




Às 10h, o transfer de Manuel Tienda León, que havíamos reservado no dia anterior, chegou para nos buscar. O caminho até o aeroporto foi bem nostálgico, eu bem dramática, dando tchau para a cidade pela qual me encantei - mesmo não tendo praia. No aeroporto, passeio pelo Duty Free e embarque de volta já com saudade da semana que passou.


Adiós, chicos!



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28.4.10

Passeando em Buenos Aires :: Palermo, Recoleta e Puerto Madero

Este foi o dia de andar! Os pés, que já não davam para mais quase nada, se acabaram de vez.

O dia começou com um "desayuno turístico". Fomos conhecer o famoso Café Tortoni, o mais antigo da ciadade, que fica na Avenida de Mayo. O café da manhã não é lá muito barato, mas vale demais. O lugar é lindo, você parece transportado para aqueles filmes chiques, de outras épocas. Amei. A medialuna e o suco de laranja estavam uma delícia.


Já de barriga cheia, pegamos um ônibus (nº 10) até Palermo. Ônibus lá não tem cobrador - o homem substituído pela máquina, disse minha mãe. O motorista lhe pergunta o seu destino e, dependendo da distância, diz o valor. Você, então, coloca suas moedinhas na máquina, que imprime um comprovante. Por isso, nem adianta tentar andar de ônibus com cédulas. É preciso ter "pratas" no bolso.

Zoológico de Palermo
Em Palermo, descemos quase em frente ao zoológico, para onde íamos. A entrada custa $ 22. Eu, que adoro conhecer tudo, gostei de ter ido, mas é um passeio bem mais interessante para crianças. Depois, lanchamos e partimos para os parques do bairro.

Rosedal
Palermo é a área mais verde da cidade. Muitos lagos, tudo muito bem preservado. Engraçado que, mesmo sendo uma quarta-feira, muitos portenhos passeavam pelos parques de patins, bicicletas ou estavam correndo, fazendo exercícios. Andamos um pouco até chegarmos ao Palermo Rosedal, um parque lindíssimo, cheio de rosas - claro! Lá, uma das maiores felicidades da cidade: encontrei um pedalinho! Não tivemos dúvida: pagamos os $ 35 (casal) e passeamos meia hora pelo lago, junto com os patinhos que tem aos montes por lá. Adorei! O dia hoje estava menos frio, o que deixou tudo mais agradável.

Pedalinhos no Rosedal
Seguindo nosso caminho, fomos ao Jardín Japones ($8). O lugar é lindo, com lagos, pontes, monumentos e muitos bonsais - alguns para vender. Há um restaurante japonês também. Câmera em mãos!

Jardim japonês
Andamos mais um pouco e chegamos ao Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, o MALBA. A entrada custa $ 6. O Museu tem obras originais fantásticas de toda a América Latina, inclusive de artistas de Campina Grande (PB). As obras são divididas por épocas. Queria tirar fotos, mas a segurança chamou minha atenção e tive que guardar a câmera.

Museu incrível - MALBA
Andamos mais e chegamos à Plaza de Las Naciones Unidas, onde fica a Floralis Generica, uma flor em aço que durante o dia fica aberta e fecha à noite. Aproveitamos para parar um pouco e descansar deitados na grama, como os portenhos passam as horas durante a tarde. Depois do descanso, andamos até a Recoleta, onde pretendíamos visitar o cemitério onde fica o túmulo de Evita Perón. Pena que estava fechado. Lanchamos na La Continental e ainda passeamos mais, antes de pegar o táxi de volta para o hostel.

Descansando um tiquinho e posando pra foto na Floralis Generica
À noite, andamos até Puerto Madero, onde fomos ao Cassino, que funciona num navio enorme. O passeio é bem legal, mas preferimos não gastar muitos pesos nas máquinas. Ainda perdemos $ 4, mas foi pela diversão. Saímos de lá e pegamos um táxi até o dique 3- já que o bairro é muito grande -, onde jantamos num restaurante italiano. Detalhe: isso foi às 1h! A noite lá realmente começa tarde...

Puerto Madero à noite

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Passeando a Buenos Aires :: O passeio ao Delta do Tigre


Comecei o dia ainda chateada pela perda da câmera, mas segui em frente e logo mudei meu humor.

Tomamos café da manhã pelo caminho, quando íamos ao metrô. Foi a primeira vez na viagem que pegamos esse meio de transporte. E vale muito a pena! Você paga $1,10 e é rápido, organizado, embora não muito confortável. Fomos até a estação Retiro, onde pegamos um trem antigo até a Estação Mitre. Nesse percurso, conhecemos o subúrbio da cidade, bem diferente da Buenos Aires pela qual passeamos até então.

Metrô de Buenos Aires
Estação Mitre
No fim da linha deste trem, chegamos à estação Mitre, onde subimos uma escada rolante e já estamos na Estação Maipu, onde pegamos o Tren de La Costa. Esse passeio é muito legal e um dos mais recomendados da viagem.

A passagem do Tren de La Costa custa $24, ida e volta. Você pode optar por alguns pacotes turísticos, à venda na própria estação, com direito a almoço e o passeio de Catamaran, mas preferimos continuar nossa viagem por conta própria. O trem é bem moderno e super confortável. Ele passa por diversas estações, onde você pode descer e depois de meia hora pegar o próximo. Em algumas, há restaurantes, sorveterias e feirinhas de artesanato. Estas acontecem durante o fim de semana. Paramos na estação de San Isidro, a maior e onde há uma sorveteria Freddo, aquela do melhor sorvete de doce de leite do mundo! Compramos umas besteirinhas nas lojinhas da estação e continuamos o passeio.



O trajeto do trem é por áreas de babar de tão lindas. Uns bairros chiques, com casarões, parques e, claro, pelo Rio de la Plata.

Chegamos no Delta do Trigre, uma cidadezinha que fica no final do percurso. Lá, há um Parque de Diversões (La Costa) que funciona nos fins de semana e feriados, um cassino e os famosos passeios de Caramaran, que foi o que fizemos.



Pagamos $35. O barco vai pelo Delta do Tigre, pelo Rio Sarmiento. É impressionante a realidade de lá. Muita gente mora nas ilhas - onde é muito caro - e outros tantos casarões são de veraneio dos argentinos. Como o acesso à cidade é complicado, os moradores das ilhas contam com barcos para tudo: barco banco, correio, ambulância, farmácia, supermercado... Quem precisa comprar coisas neste, por exemplo, amarra uma sacola branca no píer - todas as casas precisam ter um - e quando o barco passar ele pára na casa. Também há praias artificiais, que ficam cheias nos fins de semana, museu e até um posto de gasolina com loja de conveniência. Isso tudo nós vamos aprendendo pelo caminho, já que o passeio conta com uma guia que nos explica tudo em inglês e espanhol - ela fala devagar, então dá para entender tudo.



Depois da uma hora no Catamaran, andamos um pouco pela cidade do Delta do Tigre e fomos almoçar num dos restaurantes do Puerto de Frutos. Nesse lugar, há um monte de lojas com artesanatos e opções de presente.

Voltamos para o trem e fizemos todo o percurso de volta. Já em Buenos Aires, pegamos o metrô até a Av. Corrientes, onde fomos ao shopping Abasto. A estação tem saída dentro do shopping! Passeamos um pouco e voltamos a San Telmo, onde paramos para comer um alfajor delicioso na Havanna.

À noite, fomos a um restaurante japonês. É comum encontrar sushis feitos com palca (abacate). Achei que não ia gostar, mas é uma delícia. Depois do jantar, fomos até a Corrientes, na Galeria 1660, onde há um bar dos Beattles. Porém este é um dos poucos lugares que começa cedo e a banda estava no final. Andamos um bocado e resolvemos pegar um táxi até a Av. Marcelo T. Alvear, 399, onde funciona o pub The Killkenny. Lá tem música ao vivo e não paga para entrar. Mas a cerveja Guiness pedida pelo meu namorado custou $39! Depois disso, melhor ir dormir.

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26.4.10

Passeando em Buenos Aires :: La Boca, Caminito e show de Tango

Hoje começamos a ver como funciona realmente Buenos Aires. Uma segunda-feira fria e movimentada como nenhum outro dia. Parece que no final de semana a cidade inteira está dormindo. E foi a primeira vez que acordei pensando na sexta como: "hoje JÁ é segunda"...

A primeira tarefa do dia foi trocar nossos reais. Conseguimos um câmbio por R$ 2,14, na Sarmiento. Um achado! Aproveito para lembrar de estar com o passaporte ou o documento da imigração sempre em mãos na hora de trocar o dinheiro. Sem isso, nada feito.

Depois disso, fomos a uma agência na Florida para reservar o show de tango para a noite. Reservado, pegamos um táxi rumo ao bairro de La Boca.

No bairro, funcionou o primeiro porto da cidade. Foi por lá onde chegaram os imigrantes italianos, que construiram e deram a forma colorida e alegre característica de lá. E definitivamente, este é o lugar mais simpático de Buenos Aires.



Primeiro, fomos ao estádio do Boca Juniors para um tour. Para quem gosta de futebol, é uma boa pedida. Terminado o passeio, andamos até o Caminito. As cores do bairro enfeitam assim como os sorrisos dos boquenses. A camisa do Náutico do meu namorado foi motivo para alguns minutos de conversa em bom "portunhol".



Eu no Boca Juniors
Foto clássica no Caminito
Pela rua, um monte de restaurantes, cada qual com seu "relações públicas" a postos para lhe carregar e oferecer o melhor cardápio. Em todos, artistas se apresentando, dançando e cantando tangos e outras danças folclóricas. O passeio pelo Caminito é muito alegre, agradável. Claro que, pela quantidade de turistas, as coisas lá não são das mais baratas. Mas pesquisando direitinho dá para comprar alguns mimos por lá. E, claro, leve a câmera. Você não vai querer parar de tirar fotos! Ah! E se estiver acompanhada como eu, não deixe de tirar uma num daqueles backdrops temáticos de tango.

Os $5 valem a pena. Pegamos um táxi de volta ao nosso bairro, San Telmo. Aproveitamos e descemos um pouco antes para passearmos pela Calle Defensa. Essa rua é ótima para compras. Lojas de vários designers diferentes, de roupas a objetos de decoração. E as coisas não são tão caras como em locais mais turísticos da cidade. Me programei para, se sobrasse um dinheirinho, gastar por lá.

Depois de descansarmos um bocadinho, nos arrumamos para a grande noite do Tango. Pelo pacote que compramos, tínhamos direito ao transfer partindo da Florida. Então lá fomos nós. Muita gente na rua, aquele povo bonito, produzido. Sim, porque lá você não vê gente mal vestida na rua, é impressionante.

Mas como nessa vida nem tudo são flores, realmente vi como a cidade funciona. No primeiro desleixo da viagem, na primeira segunda-feira, minha câmera foi roubada. Justo minha filmadora nova, que havia comprado para viajar. Perdi todos os vídeos ótimos que tinha feito para este blog. Bom, antes isso que os documentos.



Já não muito animada, pegamos  transfer e seguimos ao Sabor a Tango, pelo qual pagamos $ 230 cada (aula de tango, jantar e espetáculo). Sem dúvida, o melhor da noite foi a aula. Deu até para esquecer um pouco a raiva do roubo. O jantar estava gostosinho, mas tivemos melhores durante a viagem. O show de tango é legal, mas chega uma hora que você está louco para que acabe. É beeem cafoninha. Vale ir pela tradição e para conhecer, mas não é um passeio que eu repetiria em uma outra viagem.

Depois da noite conturbada, voltamos para o hostel, onde chorei horrores até consegui dormir. :/

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23.4.10

Passeando em Buenos Aires :: San Telmo e Puerto Madero

Como o café da manhã do hostel não era lá essas coisas, resolvemos fazer nosso desayuno no La Continental, uma das cafeterias / lanchonetes mais populares da cidade e que tem uma loja bem pertinho de onde estávamos hospedados. Medialuna é pedida obrigatória na dieta matinal do portenho. Então, fomos de medialunas e um jugo de naranja que estava mais para um gole do que para um copo. Mas tudo bem, tava gostoso e não foi caro...

Café da manhã no La Continental
Nós fizemos a besteira de não termos trocado o dinheiro todo quando chegamos, então precisamos de dinheiro no final de semana e não havia casas de câmbio abertas. Então, fomos logo cedo ao centro tirar dinheiro na Calle Florida. Na ida, aproveitamos para turistar e tirar fotos na Plaza de Mayo / Casa Rosada.

Foto na Casa Rosada tem que ter!


Voltamos pela Calle Defensa e todo o movimento do domingo no Bairro de San Telmo já havia começado. A rua é enorme e a variedade de coisas da famosa feira de antiguidades, maior ainda. Todo o bairro é tomado por comerciantes, que vendem antiguidades, cacarecos, roupas, acessórios e até produtos made in china. Tem de tudo! Além disso, as lojas ficam abertas. Há muitos brechós e antiquários, reforçando a característica vintage do bairro . Fiquei morrendo de pena de não ter trocado o meu dinheiro.

Pela feirinha de San Telmo
Depois de muito andar por San Telmo, pegamos o rumo para Puerto Madero. Se o primeiro é retrô, o outro é o oposto. Puerto Madero é a área mais moderna da cidade, rodeada de arranha-céus espelhados, onde funcionam grandes empresas multinacionais.

Passeamos pelos diques do bairro. Ao todo, são quatro grandes diques de cada lado, onde há muitos restaurantes  - chiquérrimos! - algumas empresas, residências, sorveterias...

É em Puerto Madero que fica a Puente de La Mujer, uma construção branca que simboliza a figura feminina com alguns cabos de aço, representando os homens.


Puente de La Mujer
Depois de muito pesquisar onde era mais barato, almoçamos no Bahia Madero, onde a pedida foi o "Menu Deluxe": entrada + prato principal + sobremesa a $ 74 por pessoa.

Depois do almoço, andamos até o Obelisco e voltamos pela Florida, onde conhecemos as Galerias Pacífco, um shopping que funciona num prédio bem antigo, lindo! Mortos de tanto andar, voltamos ao hostel para a nosso cochilinho do fim do dia.

À noite, pegamos um táxi (muito barato) para o Hard Rock Café, no bairro da Recoleta. Lá as coisas são meio caras, mas vale o passeio. Ao sair, passeamos um pouco pelo bairro e demos de cara com o bar Buller, que estava presente nas nossas pesquisas sobre a cidade. O ponto forte dele são as cervejas artesanais. Eu não sou muito de cerveja, mas arrisquei junto com meu namorado o menu degustação. Você paga $26  por seis copinhos de 100ml, com cada tipo da bebida produzida no local. Junto vem um panfleto mostrando como as cervejas são produzidas e explicando um pouquinho sobre cada tipo. Fiquei só com a de mel, enquanto meu namorado bebeu as outras cinco. Apesar de não ter paladar para cerveja, adorei o ritual.





O frio hoje estava absurdo! Os dois casacos que vestia não davam conta. Depois das cervejas, pegamos um táxi e voltamos correndo para o hostel.

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17.4.10

Passeando em Buenos Aires :: O Bus Turístico

Quando reservamos o hostel, havia na descrição que o desayuno estava incluso na diária. Mas não vá você pensando que café da manhã em Buenos Aires é como aqui no Brasil, onde qualquer pousada, por mais simples, tem aquela mesa linda com frutas, pães, queijos e tudo mais. O desayuno, para nossa decepção, era pego na recepção e vinha dentro de um saquinho: duas medialunas (espécie de croissant, mas sem recheio). Para beber, uma ficha da máquina do café. Eu me ferrei logo porque peguei um leite achocolatado quente e queimei minha língua. Uó!

Bom, comemos e fomos ao centro para o nosso primeiro passeio, o Bus Turístico. É um ônibus do governo (arretado!), bem equipado e que leva você para um trajeto por toda a cidade ($70!). Durante o passeio, você vai escutando pelo fone a descrição dos principais pontos. Dá para escolher entre diversas línguas, entre elas, o português, claro. Aliás, só o que tinha era brasileiro! No mínimo, 90% das pessoas que estavam no bus turístico eram nossos conterrâneos. Em diversos pontos, o turista pode descer e ficar quanto tempo quiser. De meia em meia hora passa outro, é só estar com o ticket em mãos para pegar.

Bus Turístico
A primeira parada foi no bairro de La Boca, onde passamos pelo estádio do Boca Juniors e pelo Caminito. Foi aí onde comi o primeiro alfajor da viagem! Não demoramos muito porque outro dia foi reservado para visitar somente esses lugares, que são indispensáveis na viagem a Buenos Aires.

Eu e o primeiro alfajor da viagem, no Caminito
A surpresa do passeio foi a parada nº 6, onde fica a reserva ecológica. A gente pesquisou muito sobre Buenos Aires antes de viajar, mas pouco ouviu falar a respeito da reserva. O lugar é lindo e enorme! Entramos e logo vi um monte de gente andando de bicicleta. Descobri que um cara alugava na frente do parque e, claro, pagamos $10 (cada) por uma hora para dar nossa volta. Só não imaginávamos que seria uma volta tão grande. Depois de tanto andar de bicicleta, descobrimos que o percurso que fizemos tinha 7 km!! E ainda bem que fizemos. No parque, quase não vimos turistas. A maioria era gente de lá, que aproveitava o sol do sábado (apesar do frio) para caminhar, correr, andar de bicicleta, namorar e até ler um livro na beira do rio. Sim, porque uma área da reserva fica na beira do Rio da Prata. Dica: se você for fazer esse passeio, não se esqueça de levar o repelente!

Passeio de bicicleta pela reserva ecológica
Reserva Ecológica e o Rio da Prata
Depois do exercício, comemos um comeu-morreu de bife de chorizo e voltamos ao ponto do ônibus para continuar turistando. Paramos no bairro da Recoleta, o mais chique da cidade, e onde acontece uma feira de artesanato bem legal nos fins de semana. Aliás, final de semana tem feirinha em tudo quanto é lugar na cidade! E minha dica é que você faça suas compras nesses lugares, já que as coisas são mais baratas e mais diferentes.

Antes de pegar o ônibus para finalizar o passeio, pausa para o tão falado helado de Dulce de leche da Freddo. Indescritível! Realmente, não esperava coisa tão boa. É absurdamente bom! Pagamos sorrindo os $12 do sorvete menor de todos.

Pegamos o último ônibus do passeio e chegamos ao hostel às 21h30, mortos! O dia só anoitecia umas 19h15, por isso nem víamos o quanto já era tarde. Descansamos um bocadinho para sair à noite, quando fomos para um barzinho perto do nosso hostel. Mas acho que o frio e o cansaço do dia foram tanto que passei mal. Melhor descansar para agüentar o resto da viagem.

*Valores em peso argentino.


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16.4.10

Passeando em Buenos Aires :: A chegada


Mais de uma vez eu já citei aqui o quanto sou ansiosa, né?! E claro que às vésperas de viajar não ia ser diferente... No dia 09 tínhamos que estar no aeroporto às 6h20, então me programei para acordar às 5h. Antes disso já estava de pé, mesmo tendo acordado diversas vezes durante a noite.

O voo Recife/São Paulo foi tranqüilo, apesar do aperto do avião da Gol e do cheiro de cocô que subia de vez em quando. Alguém estava, literalmente, se cagando de medo!

Em São Paulo, esperamos quatro horas para pegar o vôo da conexão para nosso destino: Buenos Aires. Embora estivesse bem cansada, não consegui dormir durante a viagem. Tudo o que eu queria era chegar. E chegamos, na hora programada, às 18h30, em terras portenhas. Clima ótimo, 19º. Estava realizada!


No aeroporto, logo que saímos da esteira da bagagem, há um monte de guichês que fazem transfer para o seu hotel, já que o aeroporto é longe do centro da cidade. Pegamos o serviço do Manuel Tienda León. Pagamos $ 80 os dois e pegamos um ônibus, desses bem equipados, que nos levou até uma central da empresa na cidade. De lá, uma Dobló levou a gente até o hostel.

Nesse percurso já deu pra perceber o quanto a cidade é linda e organizada. As avenidas largas, bem sinalizadas, sem lixo pelas ruas... fui babando tudo feito cachorro na janela. Um parêntese: ainda no aeroporto, percebi o quanto argentino fuma. É quase unanimidade! Uma outra descoberta ruim: água é muito caro lá. Paguei $9 por uma garrafinha!!!

Chegamos ao Hostal de Granados, no bairro de San Telmo. Fizemos nossa reserva pela internet (assim como praticamente toda a viagem) e tínhamos lido bons comentários a respeito do lugar. E realmente! Um lugar bem simples, mas completo. Afinal, não queria mais que uma cama confortável e um chuveiro quente.

Rua do nosso hostel em San Telmo, a Calle Chile
A “nossa” calle era linda, agradabilíssima (Calle Chile). Uma espécie de Recife Antigo, só que bem mais organizado. Uma ruazinha de paralelepípedos, cheia de barzinhos e restaurantes. Aproveitamos para passar nossa primeira noite por lá.

Eu estava morta de fome e louca para comer o tão falado bife de chorizo. Aliás, o bairro cheirava a carne! Depois de tanto procurar, acabamos sentando num lugar legal, com pessoas simpáticas, o Aquí me Quedo... até que descobrimos ser um bar mexicano! Mas tudo bem, valeu a pena. Ganhamos uma entrada e margueritas de graça! Depois da viagem e da barriga cheia, só restou ir aproveitar nosso hostel e dormir para se preparar para o primeiro dia do nosso passeio.

*Valores em peso argentino.

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12.4.10

Minhas impressões de Buenos Aires

Quando comecei minhas pesquisas sobre Buenos Aires, li vários comentários a respeito do melhor meio de transporte para conhecer a cidade: seus pés. E, realmente, não há melhor maneira de passear por lá do que com um bom tênis e muita disposição.


A cidade é linda! Toda em tons de marrom e bege, por conta dos prédios antigos e de tijolo aparente que a compõem. Lixo na rua não se vê. Miséria, quase nenhuma. O povo é bonito, bem produzido. Tudo muitíssimo bem planejado: as ruas, parques, praças, trânsito.


Por falar em praças e parques, não há um bairro por lá que não seja bem arborizado. Por toda Buenos Aires o verde se faz presente e dá seu colorido. As pessoas estão sempre por ali, fazendo exercícios, piquenique, lendo, tomando sol - mesmo com a temperatura média de 17º, como estava fazendo.



A violência existe, como em toda cidade grande. Mas não vemos pessoas amendrontadas pelas ruas. Lá, passear a pé também vale para a noite. É preciso ficar mais ligado nas ruas movimentadas, como a Calle Florida e a 9 de Julio, onde o fluxo de gente é prato cheio para os roubos. Se bobear, num minutinho abrem sua bolsa e levam suas coisas, sem você nem perceber. E digo isso porque senti na pele a raiva de ver que minha filmadora foi roubada, depois de tantos vídeos legais que fiz por lá...

O horário dos portenhos é um pouco diferente do nosso. Tudo para eles começa mais tarde. O dia, só  depois das 10h, assim como a noite, quando os bares e restaurantes abrem suas portas lá pelas 22h. É possível encontrar uma pizzaria lotada numa segunda-feira, às duas da manhã!

Por falar em comida, o bife de chorizo é citação obrigatória quando se trata de Argentina. Ô povo pra gostar de carne! E que carne gostosa! Não é à toa que é uma das mais apreciadas do mundo. E nada de guarnições para acompanhar. Só papas fritas. Em oito dias de viagem, morri de saudade do meu feijão e da minha farofa.


Além da carne, empanadas, alfajor, medialunas e sorvete de dulce de leche são pedidas obrigatórias em terras portenhas. Não me vá para a Argentina sem trazer essas delícias no seu paladar!

A comida me deixou saudade tanto quanto o povo. Mesmo com pouco tempo fora, deu pra sentir falta do tão falado "calor" do brasileiro. Os portenhos são mais frios, alguns até meio rudes. Levei até um fora por  pedir uma simples informação! Eles não são de muita conversa e sorrisos. Justiça seja feita, deixo os habitantes do bairro de La Boca fora disso. Eles são, sem dúvida, os mais "brasileiros" da cidade.


O turismo por lá é impressionante. Buenos Aires é toda voltada para esse mercado, dominado, principalmente, por brasileiros. Em todo canto encontramos nossos conterrâneos. É tanto que na maioria dos lugares as pessoas conversam com você em português - e eu toda treinada com o espanhol... São milhares de opções de passeio. Vê a arquitetura, parar nos diversos cafés, ir aos parques, andar de bicicleta, ir às feiras no final de semana - muitas e enormes! -, zoológico, museus, teatros, shows de tango, passeio de trem, catamarãs... E o acesso a tudo isso é bem fácil. Basta pegar o mapa num dos centros de informações espalhados pela cidade e se guiar. E tudo está disponível também na internet, no site do governo, onde se encontra um guia voltado para brasileiros. É um material bem completo e as ruas são todas, sem exceção, indicadas com plaquinhas nas esquinas. Não tem como se perder!


Falar da Argentina é escrever linhas e linhas de dicas e impressões de um passeio maravilhoso. Aos poucos vou postando por aqui meu diário de viagem, escrito todos os dias em terras portenhas. Aí sim quem se aventurar vai saber com mais detalhes sobre os passeios, curiosidades e delícias dessa cidade.

10.4.10

Voltei Recife!


Em breve, meu diário de viagem: passeando em Buenos Aires.