27.6.13

Passeando em Playa del Carmen, México :: A chegada

Sexta-feira, 05 de abril de 2013

Deixamos o nosso hostel umas 7h30 para irmos ao aeroporto pegar o voo com destino a Cancun (de lá iríamos a Playa del Carmen). Viajamos pela Aeroméxico, maior cia aérea do país. A viagem durou umas duas horas e bem melhor que o voo da Copa. Ainda do avião vimos o que nos esperava nessa nova etapa: o azul turquesa do Caribe!
Anote: Táxi do Zócalo para o aeroporto = MXN 180.

Assim que chegamos, ainda enquanto esperávamos a bagagem, compramos nossos tickets para o ônibus da ADO, que saía logo mais para Playa Del Carmen. Os ônibus partem a cada 50 minutos do aeroporto e demos sorte porque tinha um saindo bem na hora que a gente chegou. Playa del Carmen fica a 40 km de Cancun. O trajeto até lá dura uma hora e é bem tranquilo, melhor que o avião.
Anote: preço da passagem por pessoa = MXN 120.

Chegando na rodoviária de Playa, pegamos as malas e fomos andando pela 5ª Avenida até o nosso Hotel, o Barrio Latino (ainda bem que é pertinho). Essa rua é a principal da cidade e fechada para pedestres, com lojas, restaurantes e bares por todo lado. A quantidade de turista era tanta que parecia que a gente não estava mais no mesmo país. Um clima totalmente diferente do que estávamos vivenciando na Cidade do México.

Ônibus da ADO

Rodoviária de Playa del Carmen
Aqui um parênteses sobre o hotel, para deixar a dica para vocês. O preço foi super em conta e o Bairro Latino é muito legal. A localização é perfeita, ele tem uma decoração bem simples, meio rústica, que faz parte da proposta do lugar. Cada quarto tem sua varandinha com rede, uma cama mega confortável, ar-condicionado, banheiro completo e frigobar. Ah! Tem wi-fi também, indispensável nos dias de hoje. Outra coisa que achei massa, embora não tenha usado, é que eles disponibilizam o telefone para fazer chamadas internacionais para alguns países, incluindo o Brasil, de graça. Na recepção eles também vendem passeios com um preço razoável. O café da manhã é servido numa área bem agradável, só não é dos mais completos. Se bem que eu to pra ver café da manhã bom em algum lugar do mundo! Para a gente que é acostumado com as mesas fartas aqui do Brasil fica difícil se contentar com pão e leite servidos lá fora.

Depois de deixar as malas no hotel, fomos andar pela cidade para conhecer e escolher um lugar para almoçar. Antes, claro, deixamos as pernocas de fora, bem à vontade, coisa que eu não podia fazer na Cidade do México, diante dos olhos curiosos dos mexicanos.

Corri para colocar o pé na areia, tava louca por uma praia, aquele mar azulzão... mas a areia tava friiiia e o vento também tava um pouquinho (a gente é muito mal acostumado aqui no Nordeste com essa coisa de temperatura). Paramos para almoçar num restaurante por lá mesmo. Comemos um peixe recheado bem bonito, mas não muito saboroso. De qualquer forma, deu para perceber que eu ia amar aqueles dias de praia, comendo frutos do mar e pagando em pesos mexicanos. =D
Anote: o preço das coisas em Playa del Carmen é o dobro da Cidade do México. Então, se for para os dois lugares, deixe para comprar na capital.

Passeamos mais pela cidade, fomos até o pier, de onde saem os ferrys para Cozumel e vimos a apresentação dos Voladores, que são bem tradicionais, e que ainda não tinha visto. Frio na barriga com aquele povo rodando de cabeça pra baixo amarrado pelo pé.

Enfim, Playa!

Almoço
Eu no píer de Playa del Carmen

Sereias em Playa del Carmen

Yo y los voladores
À noite passeamos mais e vimos o quanto Playa é animada! Minha gente, é festa o tempo todo, em todo lugar. Tem todo tipo de boate, bar, tudo. Opção para se divertir não falta. E para comer também não. Terminamos numa pizzaria deliciosa com forno à lenha, em frente à pousada, a Romeo.

Depois, só nos restou aproveitar a mega cama king size do hotel e cair no sono profundo até o outro dia, quando iríamos mergulhar em Cozumel.

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25.6.13

O Arraial da Palha, em Olinda, é danado de bom!

São João para mim é sinônimo de interior. Adoro viajar, ir para lugares como Arcoverde, Caruaru, Serra Negra ou qualquer cidade onde sei que vou encontrar fogueira, fogos, palhoção enfeitado com bandeirinhas e balões, barraquinhas de comida típica e trio pé de serra. Em Recife isso é cada vez mais difícil. O Sítio da Trindade talvez seja o que mais se aproxima desse clima, mas é uma festa grande e já não é tão legal como antes, quando tinha parquinho com direito à MONGA e tudo mais (não estou considerando as festinhas de bairro, claro).

Esse ano não viajei. Gostamos da programação do Recife e resolvemos ficar por aqui mesmo. Mas, no sábado, o arrependimento bateu, pois o que eu queria era aquele climão de interior e não só ver shows legais. Cadê a quadrilha, cadê os vestidos bufantes de matuta? No Sítio não dava nem pra chegar perto do galpão das apresentações, de tão lotado. No Arsenal, no Recife Antigo, o palhoção não dava conta de tanta gente querendo um arrastapé.

Eis que tive, na noite de São João, a surpresa mais agradável e feliz. Fui conhecer o Arraial da Palha, na cidade histórica de Olinda, do qual um amigo tinha me falado. O clima dali ajuda um bocado, né?! Aquela coisa de gente nas portas de casa, conversando com os amigos, já cria uma atmosfera diferente da relação que a gente costuma encontrar na cidade grande. E é justamente por isso, por ser organizado por esse tipo de gente que gosta de uma festa, de uma conversa, que o São João foi tão bom.

A Rua da Palha em festa
Decoração
A Rua da Palha é paralela à Ladeira da Sé. A gente foi subindo e seguindo as pessoas que pareciam estar indo para o mesmo lugar. E lá chegamos! Logo que vi a festa, já adorei. Era bem o que eu procurava, um arraial autêntico. Quadrilhas, crianças soltando fogos, barraquinhas com churrasquinho, pamonha, milho, canjica e, claro, o forrozim para animar o povo.

Lá pelas tantas conheci Paulo Almeida, aliás, Seu Paulinho, um dos organizadores do arraial. Gente que só precisa de um dedinho de prosa para contar a vida, todo orgulhoso. Foi com o peito cheio de entusiasmo que ele me disse que, "há nove anos, quando teve o primeiro, era só vizinho e família. Mas todo ano vem mais gente. Você viu o jornal de hoje? Tem uma página todinha falando disso aqui".

Eu e Seu Paulinho, meu novo amigo

E tinha muita gente mesmo! Crianças e adultos, de Olinda, Recife, São Paulo e até do exterior. O palhoção ficou pequeno para quem quis dançar ao som de Paulo Pecado, que lançava seu CD. Mas aí o povo dava um jeito de se apertar e dançar agarradinho. Quem ficou impressionada com a quantidade de gente também foi Dona Catarina, esposa de Seu Paulinho, "índia maranhense" (como ele faz questão de dizer), que estava comprando seu queijo assado quando a conheci. Mas nem foi por intermédio do meu mais novo amigo. Conheci porque fui elogiar a unha dela, que estava toda personalizada para a ocasião. Aí já viu: assim como o marido, ela começou a conversar e só parou quando eu já sabia bastante da sua vida.

Palhoção lotado!

As unhas de Dona Catarina
A festa é todinha feita pela familia Almeida e alguns amigos. "Prefeitura num ajuda em nada, minha filha. A gente fez um 'bingozinho', no dia 15, para conseguir um dinheirinho. Aí cada um vem, traz um prêmio e a gente sorteia. É uma festa danada! Um vem e dá uma cerveja, outro vem e dá outra coisa. Esse ano eu dei uma torradeira". E eu ali atenta a cada palavra de Seu Paulinho, com um sorriso colorindo o rosto.

Saí do Arraial da Palha umas 3h, ainda com a festa bombando. Aliás, "só acaba lá pras cinco da manhã", como ele me disse. Fui embora satisfeita com minha noite de São João, com os pés cansados do arrastapé, o bucho cheio de espetinho e com o telefone de um novo amigo anotado na agenda.

Vai lá?
Arraial da Palha
Noite de São João, dia 23 de junho
A partir das 19h
Rua da Palha, Olinda
21.6.13

Passeando na Cidade do México :: Mercado Sonora, Insurgentes, Bosque de Chapultepec

Quinta-feira, 04 de abril de 2013

Esse era o nosso último dia completo na Cidade do México, então já acordamos com um apertinho no coração e loucos para conhecer as últimas coisas que faltavam. Pegamos o Metrô até a estação Merced, onde fica o mercado mais importante do DF (segundo o guia), o de La Merced, e também o Sonora, onde se vendem artigos de bruxaria. Mas atenção! Não é nada turístico, então não espere organização e muita segurança. Aliás, assim que saímos da estação um dos milhares de vendedores ambulantes nos aconselharam a ter cuidado com os pertences. É como um grande centrão da cidade, onde há muitos meninos que ficam à espera de uma bobeira para dar o bote. Então, se quiser ir por aquelas bandas, cuidado! Eu não aconselho, mas nem é só por isso. Por lá não vimos muito artesanato, apenas bugigangas falsificadas.

Na verdade, a gente foi porque João queria muito comprar um instrumento percussivo usado pelos índios e que disseram que a gente só ia achar lá pelo Mercado Sonora. Fomos direto para lá. Dentro, o clima é mais tranquilo e exótico. Sim, porque lá há de tudo o que você imaginar para fazer rituais. Bichos mortos estavam pendurados nas paredes dos boxes, velas, bonecos de vudu, ervas e mais um bocado de coisa estranha. Compramos o tal instrumiento - com todo o portunhol que cabia no momento - e voltamos para a estação. De lá, pegamos o metrô para Insurgentes.

Essa estação fica na Zona Rosa, que a gente já tinha ido, mas onde tem também o Mercado Insurgentes, que dizem ser o melhor lugar para comprar prata na Cidade do México - e eu tinha que dar uma passadinha por lá antes de voltar para casa. Vale a pena o passeio, mas avise logo ao seu acompanhante para ter paciência, porque são muuuitas lojas e você vai querer olhar tudo e pesquisar bastante antes de comprar. 
Dica: na saída do mercado há um restaurante italiano gostoso, o Rafaello. Vale almoçar por lá! ;)

Uma das entradas no Mercado Insurgentes

Almoço delícia e que no pica
Pegamos mais uma vez o metrô, agora até a estação Chapultepec, para passear no bosque. É lá que fica o Museu Nacional de Antropologia, que a gente já tinha visitado. Mas como nesse dia a maldição que Montezuma jogou na gente pegou, não tínhamos conseguido passear por lá. E a visita é obrigatória!

Era uma quinta-feira, mas parecia domingo de verão. LOTADO! Fiquei imaginando como deve ser o parque no fim de semana. Impossível de andar, só pode. Pense numa cidade para ter gente, e gente que gosta de passear! Fomos no zoológico, que é de graça, descansamos, tiramos fotos e até fizemos umas comprinhas nos vendedores ambulantes que tem por toda parte - sempre pechinchando, claro! Por lá também tem um lago com pedalinhos - adoro!
Anote: pedalinho: MXN 50 para duas pessoas.

Gente e vendedor ambulante é o que não falta na Cidade do México
Eu e o Chicharito no Zoológico de Chapultepec
En en, rapaz... :D
Pedalinhos no Bosque de Chapultepec
Voltamos para o hostel no comecinho da noite para deixar as malas já organizadinhas antes de sair para jantar, pois o nosso voo era cedinho no outro dia. A sexta prometia no nosso novo destino: Playa del Carmen!

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16.6.13

Passeando na Cidade do México :: Templo Mayor, Catedral Metropolitana, Palácio Nacional, Mercado de Artesanías de La Cuidadela

Quarta-feira, 03 de abril de 2013

Depois de um dia perdido por causa da Maldição de Montezuma, conseguimos levantar, embora ainda fracos, e curtir mais um dia de viagem (à base de muita água, Gatorade e floratil). :P Como estávamos nesse estado, resolvemos dedicar a manhã para fazer os passeios do centro, que ficavam todos bem pertinho do hostel. Qualquer coisa a gente corria para lá...

O primeiro passeio foi à Catedral Metropolitana. Ela é bem bonita e vale dar uma entradinha para fotos. Não paga nada. Depois disso, fomos ali do lado, ao Templo Mayor. Esse é bem legal! A Cidade do México foi construída toda em cima da antiga Tenochtitlán e tudo destruído. Em 1978, uma pedra redonda foi achada, o que deu início às escavações. A partir daí, foram descobertas as ruínas de uma pirâmide dupla, onde eram realizadas importantes cerimônias religiosas. É bom ir no comecinho da manhã para ver os detalhes direitinho.
Anote: entrada no Templo Mayor: MXN 54 por pessoa = R$ 8,64.

Entrada da Catedral

Catedral Metropolitana


A cobra protegia a entrada das pirâmides

Ruínas do Templo Mayor

Caveiras no museu do Templo Mayor

Outro passeio obrigatório que incluímos no nosso roteiro foi a visita ao grandioso Palácio Nacional. Este também tem entrada franca, só não esqueça de levar um documento com foto. É lá que ficam os famosos murais de Diego Rivera, lindos de se ver! Atrás também tem um jardinzinho bem legal, dá para descansar um pouquinho.

Depois do almoço, pegamos o metrô para a estação Balderas, que fica próxima ao Mercado de Artesanías de la Ciudadela, lugar que eu, que adoro uma feira, estava louca para conhecer. Confesso que me decepcionei um pouquinho com os preços, pois li em vários lugares que lá era tudo muito mais barato, mas nem achei. No Mercado de Xochimilco, por exemplo, havia coisas com preços bem melhores. Mas enfim, de todo jeito é um mercado obrigatório para quem visita a cidade. É lá que tem a maior variedade de artesanato mexicano e você vai ficar looouca para levar tudo para casa.
Dica: leve dinheiro em espécie. Assim fica muito mais fácil conseguir preços mais baixos. E não esqueça: pechinche sempre! ;)

Voltamos andando e jantamos na Casa dos Azulejos, um casarão lindo do século XVI onde funciona um restaurante bom - pena eu não ter acertado no pedido. :P

Escadaria e murais de Diego Rivera
Pátio do Palácio Nacional
Jardim do palácio
Entrada do Mercado de Artesanias de la Ciudadela

Artesanias mexicanas

Casa dos Azulejos

Já de barriga cheia, resolvemos ir ao Palácio de Bellas Artes, onde ficamos sabendo que teria uma apresentação do Balé Folclórico do México. Já era quase a hora do espetáculo, mas ainda tinha ingressos à venda. Não foi barato, mas a gente não podia perder a oportunidade de assistir a um show desses, ainda mais num lugar lindo como aquele. Sentamos láááá em cima, bem longe. Quando começou, senti meu corpo arrepiar a cada dança. Pense num dinheiro bem empregado! Eu amei muito, me apaixonei ainda mais por aquele país! Parecia uma criança batendo palmas e dando pulinhos na cadeira, vibrando com tantas colores.
Anote: ingresso para o Balé Folclórico do México: MXN 300 por pessoa = R$ 50

Voltamos já tarde para o hostel, as lojas e restaurantes já estavam todos fechados, mas ainda havia muita gente na rua. E muita segurança também! Definitivamente, passear na Cidade do México é uma delícia, seja qual for a hora (pelo menos ali no centro). Fui dormir feliz da vida! Dia merecido.



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12.6.13

Passeando na Cidade do México :: Museu Nacional de Antropologia

02 de abril de 2013

A ideia para este dia era conhecer o Bosque de Chapultepec, um grande parque no meio da cidade que tem museus, lago com pedalinhos, zoológico e até um castelo. E é lá também que fica o museu mais importante do país e um dos melhores do mundo: o Museu Nacional de Antropologia.

Como seria um dia de caminhar bastante no parque, embaixo do sol quente, resolvi usar um short, mesmo sabendo que os mexicanos acham estranho. Mas eu não imaginei que fosse me sentir tão depravada! Como uma amiga minha descreveu quando eu contei a situação, parecia que eu estava só de biquini no metrô. Os homens olham descaradamente, comentam, as mulheres fofocam umas com as outras... e só pra deixar bem claro: não era nenhum shortinho "beira c*" não, viu?! Usar short na Cidade do México mesmo só sendo turista ou alguma menininha mais afoita que quer causar polêmica.
Anote: para chegar ao bosque desça na estação do metrô Chapultepec.

Enfim... chegamos no parque, achamos tudo lindo, passamos na frente do Castelo de Chapultepec, mas resolvemos ir direto ao Museu Nacional de Antropologia, porque ele sempre está bem cheio e a gente queria ver tudo com calma.
Anote: entrada do museu, MXN 57 por pessoa = R$ 9,12)

Eu e João no Bosque de Chapultepec

Castelo de Chapultepec

Gente, é incrível demais, demais! São várias salas enormes e tudo é muito explicadinho e organizado. Você sente que está viajando na história do México, se coloca há milhares de anos atrás, junto a todas as civilizações pré-hispânicas. É tudo grandioso, impressiona. A gente adorou! Com certeza é um passeio obrigatório. Diria até que o legal é conhecer logo nos primeiros dias de viagem, porque você já se depara com toda a história do país, o que ajuda a entender muito dos costumes e tradições que encontramos a toda hora.
Dica: chegue cedo para não pegar filas e aproveitar ao máximo o museu. Você vai precisar de uma manhã para conhecer tudo.


Deus da Chuva na entrada do Museu Nacional de Antropologia
Dentro do Museu Nacional de Antropologia



Estátua de um mensageiro onde se depositavam oferendas aos deuses

Pedra do Sol, o calendário asteca

O que não foi nada legal do passeio foi a dor de barriga que nos acometeu durante a visita. Pelo menos tudo era bem limpo e tinha banheiro a cada sala, o que nos salvou. Quando terminou, a gente já estava bem fraco. Ainda sentamos um pouco para descansar, mas eu mesmo comecei a ficar tonta e a ter cólicas nada legais. Voltamos correndo desesperados para o metrô, de volta para o hostel. Aí percebemos o quanto a lotação do metrô na Cidade do México é ruim. Foi a viagem mais longa das nossas vidas. Quando finalmente conseguimos chegar, a briga foi pelo banheiro. Aí o resto vocês já imaginam, não vale a pena contar esse tipo de imprevisto de viagem, né?! =P

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11.6.13

Passeando na Cidade do México :: A maldição de Montezuma!

Terça-feira, 02 de abril de 2013

Diz a lenda que quem vai ao México sofre do chamado Mal de Montezuma. Essa maldição foi proferida pelo imperador Moctezuma II, quando o conquistador espanhol Hernán Cortés invadiu a Cidade do México (naquela época Tenochtitlán), depois de ter sido recebido de braços abertos pelo imperador, que acreditava que o espanhol era a reencarnação de um Deus. O cara não tinha nada de Deus e destruiu todo o império asteca. Moctezuma se arretou e rogou a praga, que diz que quem pisa em solo mexicano é acometido de um mal estar horroroso.

Moctezuma :: Imagem da intenet

Lendas à parte, a verdade é que não é fácil ficar imune às diferenças climáticas e de altitude do lugar. A Cidade do México é muito seca e fica a 2.235 metros acima do nível do mar, o que faz facilmente com que o visitante tenha tonturas, enjoo, dores de cabeça, sangramento no nariz, etc. Pra piorar, a gastronomia é apimentada demais e as comidas e água do meio da rua não são lá das mais limpas, então é preciso ter muito cuidado. O sol, por sua vez, é muito forte e é comum os turistas ficarem desidratados. Por tudo isso, ficamos sabendo que é imprescindível beber muuuita água - engarrafada - e nada de comer porcaria em qualquer lugar.

A gente tava fazendo tudo bem direitinho, não fizemos passeios exaustivos nos primeiros dias de viagem e a garrafinha de água era nossa constante companheira. Porém, o dia anterior a este que vos escrevo reuniu todas essas "qualidades", aí ficou difícil pra gente. Em Teotihuacan teve muito sol no quengo, nada de protetor solar, pouca água, muito esforço físico e, na volta, frituras aos montes e a tal da pimenta mexicana. Ou seja, nos lascamos! E não foi pouco não. :(

Por isso, meus caros, não tenho muito o que dizer a respeito deste 02 de abril. Apenas que vale a pena ser prevenido, fazer seu seguro saúde sempre que for viajar e levar uma necessaire com remédio pra tudo no mundo, mas principalmente, com Dramin, Floratil e sal de reidratação. Comprar Gatorade nessas horas também ajuda bastante. #ficaadica

Pra não dizer que não fizemos nada, conseguimos ainda conhecer um dos museus mais espetaculares do mundo: o Museu Nacional de Antropologia. Mas ele merece um post todinho pra ele. ;)

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7.6.13

Passeando na Cidade do México :: Plaza de las Tres Culturas, Basílica de Guadalupe e Teotihuacan

Segunda-feira, 01 de abril de 2013

Teotihuacan significa "terra onde os homens viram deuses". É um sítio arqueológico a 40 km da Cidade do México e declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Para chegar lá, parece que tem como ir de metrô e ônibus, mas a gente preferiu investir no tour que saía do hostel, por ser um passeio longo e cansativo. A van saiu às 9h e fizemos quatro paradas: Tlatelolco (ou Plaza de las Tres Culturas), Basílica de Guadalupe, um lugar para conhecermos a Agave,  planta mil e uma utilidades que faz o pulque e o mezcal e, por último, o sítio arqueológico de Teotihuacan.
Anote: tour para Teotihuacan: MXN 460 = R$ 73,60 por pessoa

Tlatelolco, nosso primeiro pit stop, era uma cidade asteca que depois foi incorporada a Tenochtitlan, a capital, e passou a funcionar como centro comercial. No passeio, vimos as ruínas de templos, palácios, tudo destruído pelos espanhóis para a construção da praça e igreja de Santiago. Detalhe: eles usaram as pedras das construções astecas para levantar a igreja. O nome Plaza de las Tres Culturas, como hoje é conhecido o lugar, faz referência à cultura asteca, à colonial e à moderna, que vem dos prédios que ficam ao redor. Também ali aconteceu o massacre de Tlatelolco, quando, nos Jogos Olímpicos de 68, mais de 300 jovens foram executados pela polícia e pelo exército.

Tlatelolco

Ruínas de uma pirâmide e igreja de Santiago ao fundo
Depois de mais ou menos uma hora por ali, continuamos o passeio, agora com destino à famosa Basílica de Guadalupe, santa venerada pelos mexicanos. Era uma segunda-feira e a basílica estava bem cheia, o que faz jus à fama de ser um dos santuários católicos mais visitados do mundo. O engraçado é que o solo da região é macio e uma das igrejas (são 3 na vila) está tronxinha. O manto sagrado, onde está gravada a imagem da virgem, fica numa parede e, embaixo dela, há uma esteira rolante onde passam os fieis.
Dica: se quiser comprar alguma lembrancinha, compre na lojinha da própria igreja. Do lado de fora há ambulantes que exploram!


Bestando na Vila de Guadalupe

Basílica moderna de Guadalupe

Tá afundando ali do lado esquerdo, oh!

Esteira rolante para ver a imagem da Virgem
O caminho da Basílica até Teotihuacan é longuinho. Quando a gente vai se aproximando já vai vendo as pirâmides, que impressionam pelo tamanho. Mas antes de irmos ao sítio arqueológico, paramos num restaurante/centro de artesanato pertinho para conhecermos um pouco sobre a agave. Uma mexicana nos deu uma aula sobre a planta e suas milhares de utilidades. Mostrou como ela era usada na confecção de roupas, para a escrita e, claro, para a produção de bebidas bem típicas, como o pulque (eca!) e o mezcal. Depois, como tinha que ser, teve a esperada degustação. ;)

O almoço foi por lá mesmo, mas eu detestei. Só tinha comida típica (que eu não consigo gostar) e era feia,  tava fria, sei lá. Mas não tinha escolha, então tinha que comer. Mesmo porque eu ia precisar de muita energia para aguentar o passeio  às pirâmides...

Aula sobre a agave

Mezcal

Almoço conzamigos brasileiros
Foram quatro horas embaixo de um sol de rachar para conhecer o sítio arqueológico. Primeiro, ficamos mais ou menos uma hora com o guia, que nos deu uma aula sobre a importância histórica do lugar, e depois ficamos livres para visitarmos tudo por conta própria. Há duas pirâmides, a do Sol e a da Lua, sendo a primeira a maior. Então, se era pra subir, que fosse logo nessa. Eu tinha certeza que não ia conseguir, mas tava todo mundo subindo, então eu tinha que me obrigar! E valeu o esforço. Quase morri, fiquei com a garganta seca, descansei várias vezes no meio do caminho, mas subi! êêêê! A vista é absurda e você fica viajando como é que uma civilização tão antiga foi capaz de construir algo tão grandioso. Ah, o detalhe mais incrível! As pirâmides foram construídas em posições e seguindo as linhas das montanhas que cercam a região. É mesmo dos deuses!
Dica valiosíssima: vá com roupas bem leves, short e camisa regata, porque senão você não aguenta. Leve também um boné, protetor solar e muita, muita água. Lá dentro não vende nada! Eu não fiz isso e me lasquei, por isso sei da importância que essa dica tem!

Teotihuacan

Deuses

Pirâmide da Lua

Pirâmide do Sol

Morrendo na subida

Finalmente lá em cima!
Na volta, estávamos mortos! Chegamos no finzinho da tarde na Cidade do México e comemos uma pizza e umas batatas apimentadas na Domino's. Descansamos e saímos à noite para o bairro de La Condessa, um dos mais movimentados da cidade. Terminamos a noite em um pub irlandês bem legal, com música ao vivo. Por lá, comemos umas friturinhas deliciosas, mas que nos prejudicaram um pouco.Só que isso a gente só ia sentir no outro dia...

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