Sábado, 05 de maio de 2012
No ano de 79 d.c, a cidade de Pompéia foi devastada por uma chuva de cinzas, consequente da erupção do vulcão Vesúvio. Mil e seiscentos anos depois, a cidade adormecida foi redescoberta, com uma conservação de impressionar! As cinzas e lamas protegeram as construções e os corpos dos moradores da época ganharam formas de gesso exatamente da maneira como morreram. A partir da redescoberta de Pompeii, o local tornou-se ponto de intensas escavações e, hoje, é um dos sítios arqueológicos e pontos turísticos mais procurados da Itália.
Pompéia, a Cidade Eterna |
Se você tem muito tempo em Roma, vale gastar um dia da sua viagem para conhecer Pompéia. Quando estávamos fazendo o nosso roteiro, nossas pesquisas, descobrimos esse passeio e logo o inserimos na programação.
O ideal é você pegar um trem bem cedo, para dar tempo de fazer tudo (visitar todo o sítio histórico, que é gigantesco, e parar em Nápoles na volta para uma verdadeira pizza napoletana). Compramos a passagem de ida (22 EUR cada) para o trem das 7h39 e foi uma confusão! A gente já tinha percebido o quanto Roma é desorganizada e esse dia foi só mais uma prova disso. Primeiro, as passagens que pedimos com lugares juntos não vieram dessa forma - os lugares mudam de acordo com o tipo de trem. A sorte é que tinha lugar vago do meu lado. Quando chegamos à Estação Termini - de onde sairia e como estava impresso no bilhete - não vimos o nosso trem no painel. Conseguimos a informação de que o trem sairia de outra estação e já estava quase na hora! Corremos feito loucos, pegamos um metrô - no próprio Termini - e conseguimos chegar ao local de partida. Só que ninguém sabia de que plataforma o trem ia sair. Enfim, ainda esperamos cerca de uma hora. Ufa! Alerta: lembre-se de validar seu ticket antes de entrar no trem! ;)
Chegamos na Estação Central de Nápoles e seguimos para a estação Circumvesiana - siga as placas. Lá, compramos o bilhete UNICO Giornaliero (4,50 EUR cada), que dá direito a ida e volta a Pompéia. O trem é lotadíssimo de turistas e é bem detonado, parece um metrô velho. Conseguimos uma posição estratégica, entramos correndo e garantimos o nosso lugar sentados. Ainda bem! Fique atento para pegar o trem em direção à estação Sorrento. Teve turista entrando no primeiro trem que chegou e tendo que pular de volta para a plataforma quando as portas já estavam fechando.
Estação em Pompéia |
Há diversas paradas com o nome "Pompei", mas a certa é a Pompei Scavi. Quando descer, você vai ver um bocado de gente vendendo ingressos, audioguia, mas o melhor é comprar na entrada do parque mesmo (11 EUR cada). Todo mundo compra ainda na estação e a fila lá é enorme. Preferimos não comprar o audioguia e ficamos só com o folheto. De vez em quando a gente ficava perto de algum grupo para tentar escutar alguma explicação. :D
O lugar é enorme, então é preciso focar, não dá pra entrar em tudo. Andamos horas e horas por lá. O que achei mais legal foram os anfiteatros da época, gigantescos. Fiquei imaginando como seriam as encenações e os sacrifícios de animais praticados ali. Ver as casas da época, as termas, é tudo incrível. Você nota a diferença das casas mais ricas. Quase todas têm jardins no meio, pinturas e são bem grandes. É pra se perder por lá e botar a imaginação pra funcionar (confesso que acho que ficaria mais fácil fazer isso se estivéssemos com o audioguia). :P
Basílica |
Dicas para o passeio: leve um lanchinho na bolsa e faça um pic nic por lá. Há diversos locais para isso. Nós não fizemos e nos arrependemos. Além de não ser barato comer no parque, a comida não é lá essas coisas e o atendimento foi péssimo. E outra: não deixe faltar água! Você anda bastante e pode pegar um sol de lascar. Por falar nisso, mais uma dica: vá com uma roupa leve. Eu estava com uma legging, uma blusa, vestido, casaco e cachecol e me desmontei toda quando cheguei por lá - ainda bem que tive essa possibilidade.
Anfiteatro |
Em frente ao maior anfiteatro |
Petrificado! |
Pinturas em uma das casas da elite |
Pegamos o trem de volta a Napoli Centrale. Aproveitamos que estávamos lá e resolvemos ir em busca de matar a fome na famosa Pizzeria Da Michele (a mesma do filme Comer, Rezar e Amar). Depois de andar e pedir informações a algumas pessoas no meio da rua, nos deparamos com ela. Um lugarzinho simples, pequeno, mas com uma pizza FANTÁSTICA! Mamma Mia, que negócio bom! Comemos tanto que ficamos cheios até a alma! Também pudera: na Itália a pizza individual é do tamanho de uma média, por aqui. Fizemos jus ao sacrifício, depois de tanto andar, e comemos to-di-nha! E olhe que pedimos com doppia mozzarella (ai como eu queria uma agora, com um copão de coca-cola)! Huuuumm. Ah, um detalhe! Não esqueça de deixar a gorjeta. Se você não fizer isso vai ver a cara feia dos garçons, que não terão problema em lhe pedir que deixe uns euros para eles.
Terminando em pizza |
Voltamos à estação (por um caminho estranho, com pessoas meio mal encaradas, por sinal) e pegamos o trem de volta a Roma (Estação Termini). Dormimos todo o caminho, mortos do passeio. Nos arrastamos para o hostel e desabamos para mais sono e descanso. Ainda tinha muito passeio pela frente.
Compra aqui o seu guia |
4 Pitacos:
Olha, fiquei no Hostel Freedom Traveler, em Roma, num quarto suíte, que não ficava no mesmo prédio que a recepção. Eu gostei porque parecia que a gente estava em um apartamento, tínhamos total liberdade pra sair e voltar, pois a chave ficava sempre com a gente. O quarto era legal, tinha limpeza todos e dias e tal. Agora, o hostel fica perto da Estação Termini, o que tem pontos positivos e negativos. O bom é que é bem central e da estação você pega transporte para todo lugar. Além disso, a estação tem lanchonetes e restaurantes, supermercado e um mini shopping no subsolo, o que também é legal. Por outro lado, essa região não é muito bonita e eu me senti insegura nos primeiros dias. Mas depois me acostumei e achei válido ter me hospedado por lá. Fiz a reserva pelo Hostel World e foi tudo certinho.
Olha o link do hostel: http://www.freedom-traveller.it/
;)
Postar um comentário