Quarta-feira, 02 de maio de 2012
O segundo dia de viagem estava com cara de primeiro. Depois de uma longa noite de sono, acordamos doidinhos para aproveitar Lisboa. A gente, que nem tinha incluído primeiramente a cidade no roteiro, estava adorando estar ali.
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Cais do Sodré - Lisboa |
Depois de tomar café no hostel, fomos até a Praça da Figueira pegar o Yellow Bus, que compramos no dia anterior. Dessa vez fizemos o trajeto azul, que nos levou a conhecer novos pontos da cidade, entre eles, a área de Belém. O ruim do passeio só foi a chuva, que deixou o frio ainda pior. Mas encaramos e tiramos foto de tudo, mesmo assim. A primeira parada foi no Mosteiro dos Jerônimos. Antes de entrar no local, fomos ao Museu da Marinha, que fica logo ao lado. Pagamos 3 EUR cada, com o desconto do Lisboa Card. O que queríamos mesmo era entrar em algum lugar, porque estava impossível aguentar o frio e a fila do Mosteiro estava gigantesca. Não tinha condições de ficar levando chuva nela.
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Entrada do Museu da Marinha |
A visita ao Museu da Marinha não é fundamental, mas é bem legal. Conta a história de Portugal e das grandes navegações, mostra curiosidades sobre embarcações, tem réplicas de uniformes de marinheiros e a sala das camarinhas reais.
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Museu da Marinha |
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Camarim da Rainha |
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Embarcação - Museu da Marinha |
Quando saímos de lá a chuva tinha dado uma trégua e fomos enfrentar a fila do Museu dos Jerônimos. A visita foi de graça com o Lisboa Card. Ainda pegamos uma chuvinha, mas foi pouca. O lugar é lindo, uma construção do século XVI, vale muito a pena passar por lá. Na capela (não paga a visita) fica o túmulo de diversas personalidades portuguesas, como Luís Vaz de Camões, principal poeta da literatura portuguesa, o navegador Vasco da Gama, entre outros.
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Morrendo de frio, em frente ao Mosteiro dos Jerônimos |
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Túmulo de Luis Vaz de Camões
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Pátio do Mosteiro dos Jerônimos |
Na saída a fome já batia e foi a hora de aproveitar que estávamos em Belém e finalmente comermos o tão falado pastel de Belém, o autêntico! A pastelaria fica pertinho do mosteiro - saindo dele, andando para a esquerda, na rua principal - e é bem movimentada. Não podia ser diferente, né?! Você pode comer no balcão ou lá dentro, nas mesas. Minha gente, o negócio é bom mesmo, viu?! Pedimos também bolinhos de bacalhau e pastéis fritos de carne. A barriga ronca só de lembrar, tudo muuuito bom! Até o suco de limão tava ótimo! Deu pra perceber porque só ele pode ser chamado de pastel de Belém. Os outros são apenas pastéis de nata. =D
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Pastéis de Belém |
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Matando a fome em grande estilo. Ô delícia! |
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Salão da pastelaria |
A fabricação dos pasteizinhos é artesanal e feita da mesma forma desde 1837, de acordo com uma receita do Convento dos Jerônimos (aquele ali do lado). Hoje eles são símbolo da gastronomia portuguesa.
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Eu atracada com o verdadeiro pastel de Belém |
Bom, matado o desejo de comer pastel de Belém, fomos até a
Torre de Belém, que também não pode faltar no roteiro de quem está em terras portuguesas (entrada gratuita com o Lisboa Card). Para chegarmos lá, pegamos um outro ônibus turístico, menorzinho, que faz um trajeto por Belém e também faz parte do pacote que compramos do Yellow Bus.
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Torre de Belém |
Guardadas as devidas proporções, a Torre de Belém é como a Torre Malakoff aqui em Recife (será?! hehehehe). Ela era um importante ponto de defesa da cidade, às margens do Tejo. A torre é linda, parece parte de um castelo medieval. Na parte mais baixa funcionava uma antiga prisão, um lugarzinho minúsculo e cheio de grades.
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O local já foi cárcere político |
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Torre de Belém de frente |
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Eu e a Torre de Belém |
Andamos por lá e chegamos ao Padrão dos Descobrimentos. O monumento é gigantesco e representa as grandes conquistas de Portugal com as navegações, tendo a figura do infante Dom Henrique à frente da Nau. No pátio do monumento há uma gigantesca Rosa dos Ventos, que fica mais bonita se vista de cima do prédio, de onde você tem também uma vista absurda da cidade e do Rio Tejo. A subida a este mirante custa 2,00 EUR com o Lisboa Card.
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Rosa dos Ventos |
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Padrão dos Descobrimentos |
Pegamos o Yellow Tur de volta para a Praça da Figueira e decidimos andar no Elétrico de Turismo, um bondinho que tem mais ou menos o mesmo papel do Yellow Bus, mas um clima e roteiro diferente. Tudo bem que não valeu o preço (12,50 EUR), mas entramos sem saber, achando que o nosso ingresso do Yellow Bus dava direito a ele também. Tomamos um susto quando fomos cobrados, mas fazer o quê?! Só nos restava aproveitar o passeio (mas se você estiver por lá e quiser andar de bondinho, ande em algum sem ser turístico. Há linhas que passam por praticamente os mesmos lugares que este).
Na volta, passamos num shopping perto do Elevador Santa Justa e fomos almoçar. Eu encontrei um restaurante brasileiro e não resisti (como resistir a carne, arroz, feijão, batata-frita e FAROFA?! Impossível!). Enchemos a pança e continuamos o passeio. Subimos o elevador Santa Justa (grátis com o ingresso do Yellow Bus), que é na verdade um transporte público da cidade. Ele tem 45 metros de altura e um mirante que oferece uma vista linda da parte baixa de Lisboa e do Castelo de São Jorge.
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Elevador Santa Justa |
Subindo, chegamos ao Bairro Alto, super simpático, cheio de movimento e travessas agradáveis. Há também uma praça ótima, onde a vontade é ficar sentado por horas, só apreciando a cidade. A gente adorou esse lugar, passeamos pelas ruas como se estivéssemos em casa. Nos fins de semana, as ruas do Bairro Alto são o point da juventude lusitana, dizem que mal dá pra andar nas ruas de tanta gente. Mas era dia de semana e, apesar de já ser noite, o sol ainda reinava. Entramos num barzinho e descobrimos a ginja, bebida típica de Portugal, bem gostosinha, mas um pouco enjoada de tão doce. É um licorzinho de cereja que vende em todo lugar por lá como aperitivo.
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Terraço do Elevador Santa Justa |
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Bairro Alto |
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Praça no Bairro Alto |
Também no Bairro Alto fica o Elevador da Glória, outro transporte público que liga a parte baixa (Praça dos Restauradores) a esta outra parte. Como estávamos ali para turistar e com o ingresso do Yellow Bus em mãos (que dava direito a andar nos transportes públicos), subimos e descemos, só pra ver como era.
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Elevador da Glória |
A essa altura já estávamos bem cansados e resolvemos nos poupar e voltar ao hostel. No outro dia teríamos que acordar cedo para a nossa última manhã em Lisboa. Descemos novamente pelo elevador Santa Justa e passeamos para o nosso cantinho, mas ainda com vontade de ficar um pouco mais por ali.
2 Pitacos:
Obrigada
Ana Luisa
Aproveite cada minutinho e não deixe de comer o pastel de Belém.
:)
Beijo!
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