31.7.12

Passeando na Itália :: um bate-volta de Roma a Pompéia, com uma parada para a pizza napoletana

Sábado, 05 de maio de 2012

No ano de 79 d.c, a cidade de Pompéia foi devastada por uma chuva de cinzas, consequente da erupção do vulcão Vesúvio. Mil e seiscentos anos depois, a cidade adormecida foi redescoberta, com uma conservação de impressionar! As cinzas e lamas protegeram as construções e os corpos dos moradores da época ganharam formas de gesso exatamente da maneira como morreram. A partir da redescoberta de Pompeii, o local tornou-se ponto de intensas escavações e, hoje, é um dos sítios arqueológicos e pontos turísticos mais procurados da Itália.

Pompéia, a Cidade Eterna
Se você tem muito tempo em Roma, vale gastar um dia da sua viagem para conhecer Pompéia. Quando estávamos fazendo o nosso roteiro, nossas pesquisas, descobrimos esse passeio e logo o inserimos na programação.

O ideal é você pegar um trem bem cedo, para dar tempo de fazer tudo (visitar todo o sítio histórico, que é gigantesco, e parar em Nápoles na volta para uma verdadeira pizza napoletana). Compramos a passagem  de ida (22 EUR cada) para o trem das 7h39 e foi uma confusão! A gente já tinha percebido o quanto Roma é desorganizada e esse dia foi só mais uma prova disso. Primeiro, as passagens que pedimos com lugares juntos não vieram dessa forma - os lugares mudam de acordo com o tipo de trem. A sorte é que tinha lugar vago do meu lado. Quando chegamos à Estação Termini - de onde sairia e como estava impresso no bilhete - não vimos o nosso trem no painel. Conseguimos a informação de que o trem sairia de outra estação e já estava quase na hora! Corremos feito loucos, pegamos um metrô - no próprio Termini - e conseguimos chegar ao local de partida. Só que ninguém sabia de que plataforma o trem ia sair. Enfim, ainda esperamos cerca de uma hora. Ufa! Alerta: lembre-se de validar seu ticket antes de entrar no trem! ;)

Chegamos na Estação Central de Nápoles e seguimos para a estação Circumvesiana - siga as placas. Lá, compramos o bilhete UNICO Giornaliero (4,50 EUR cada), que dá direito a ida e volta a Pompéia. O trem é lotadíssimo de turistas e é bem detonado, parece um metrô velho. Conseguimos uma posição estratégica, entramos correndo e garantimos o nosso lugar sentados. Ainda bem! Fique atento para pegar o trem em direção à estação Sorrento. Teve turista entrando no primeiro trem que chegou e tendo que pular de volta para a plataforma quando as portas já estavam fechando.

Estação em Pompéia
Há diversas paradas com o nome "Pompei", mas a certa é a Pompei Scavi. Quando descer, você vai ver um bocado de gente vendendo ingressos, audioguia, mas o melhor é comprar na entrada do parque mesmo (11 EUR cada). Todo mundo compra ainda na estação e a fila lá é enorme. Preferimos não comprar o audioguia e ficamos só com o folheto. De vez em quando a gente ficava perto de algum grupo para tentar escutar alguma explicação. :D

O lugar é enorme, então é preciso focar, não dá pra entrar em tudo. Andamos horas e horas por lá. O que achei mais legal foram os anfiteatros da época, gigantescos. Fiquei imaginando como seriam as encenações e os sacrifícios de animais praticados ali. Ver as casas da época, as termas, é tudo incrível. Você nota a diferença das casas mais ricas. Quase todas têm jardins no meio, pinturas e são bem grandes. É pra se perder por lá e botar a imaginação pra funcionar (confesso que acho que ficaria mais fácil fazer isso se estivéssemos com o audioguia). :P



Basílica



Dicas para o passeio: leve um lanchinho na bolsa e faça um pic nic por lá. Há diversos locais para isso. Nós não fizemos e nos arrependemos. Além de não ser barato comer no parque, a comida não é lá essas coisas e o atendimento foi péssimo. E outra: não deixe faltar água! Você anda bastante e pode pegar um sol de lascar. Por falar nisso, mais uma dica: vá com uma roupa leve. Eu estava com uma legging, uma blusa, vestido, casaco e cachecol e me desmontei toda quando cheguei por lá - ainda bem que tive essa possibilidade.

Anfiteatro

Em frente ao maior anfiteatro

Petrificado!

Pinturas em uma das casas da elite

Pegamos o trem de volta a Napoli Centrale. Aproveitamos que estávamos lá e resolvemos ir em busca de matar a fome na famosa Pizzeria Da Michele (a mesma do filme Comer, Rezar e Amar). Depois de andar e pedir informações a algumas pessoas no meio da rua, nos deparamos com ela. Um lugarzinho simples, pequeno, mas com uma pizza FANTÁSTICA! Mamma Mia, que negócio bom! Comemos tanto que ficamos cheios até a alma! Também pudera: na Itália a pizza individual é do tamanho de uma média, por aqui. Fizemos jus ao sacrifício, depois de tanto andar, e comemos to-di-nha! E olhe que pedimos com doppia mozzarella (ai como eu queria uma agora, com um copão de coca-cola)! Huuuumm. Ah, um detalhe! Não esqueça de deixar a gorjeta. Se você não fizer isso vai ver a cara feia dos garçons, que não terão problema em lhe pedir que deixe uns euros para eles.

Terminando em pizza
Voltamos à estação (por um caminho estranho, com pessoas meio mal encaradas, por sinal) e pegamos o trem de volta a Roma (Estação Termini). Dormimos todo o caminho, mortos do passeio. Nos arrastamos para o hostel e desabamos para mais sono e descanso. Ainda tinha muito passeio pela frente.

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30.7.12

Passeando em Roma :: Ônibus turístico, Fontana di Trevi, Coliseu, Piazzas e mais piazzas...

Sexta-feira, 04 de maio de 2012

Acordamos cedo e loucos para conhecer a cidade e tirar a impressão ruim que tivemos quando chegamos no dia anterior. Fomos tomar café no hostel (que foi o mesmo que nada, porque era literalmente café e um croissant doce sem recheio) e depois seguimos para a estação Termini, de onde sai o City Sightseeing Roma (ônibus turístico). 

A gente no City Sightseeing Roma

Dica: pegamos este porque é o mais famoso, mas não tinha audioguia em português. Depois descobrimos que há milhares de empresas que fazem este serviço, muitas com opção na nossa língua.

Há dois trajetos a fazer e preferimos pegar a linha A (acho que pagamos 20 EUR cada pelo passeio). Já no início comecei a me encantar com a cidade (embora nem tenha amado muito no fim das contas). Roma é deslumbrante, qualquer lugar que se olhe é repleto de monumentos históricos, grandiosos. Confesso até que me senti meio burra, porque tudo parece muito importante e você não sabe de que se tratam todos eles. E o que achei mais incrível é que aquilo é de verdade, sabe como é?! Tudo o que a gente vê nos livros de história está ali, no meio da cidade, como um shopping ou posto de gasolina. Eu tinha impressão de que existia uma área histórica mais afastada, mas não, é tudo ali, integrado. Essa sensação tive, principalmente, quando o ônibus virou numa rua e apareceu, à nossa frente, majestoso, o coliseu! Incrível!!! Fiquei em pé no ônibus, acho até que atrapalhei as fotos de muita gente. Descemos nessa parada para fotos e para nos deslumbrarmos um pouco mais com ele.

Coliseu

Eu encantada com o Coliseu

Via Sacra
Depois de passearmos por essa área, pegamos o outro ônibus e continuamos o passeio. Não entramos nesses monumentos nesse dia porque reservamos um outro para isso. Seguimos, passamos pelo Circo Massimo, Piazza Venezia, onde fica o monumento Vittoriano, e chegamos ao Vaticano. Descemos aí para mais fotos e para comer um panini meio sem gosto. Continuamos o passeio e a próxima parada foi para conhecer a tão falada Fontana di Trevi, enorme, em estilo barroco, que ficou imortalizada no filme La Dolce Vita (e que de lá pra cá já esteve presente em muitos outros também).

Vittoriano

Eu e o panini

Mega carro de polícia do Vaticano

Praça de Sâo Pedro :: Vaticano

A caminho da Fontana di Trevi
Aqui, outra observação sobre a minha pessoa: eu já sabia, mas nessa viagem tive a certeza do quanto gosto de lugares turísticos. É, esses pontos onde há muita gente, milhares de lojinhas vendendo "bugigangas" chinesas (sim, porque nem se iluda, é tudo chinês), foto pra todo lado, engarrafamento de turistas. Acho que por isso mesmo gostei tanto de passear pela Fontana di Trevi e seus arredores. Ok, isso atrapalha e muito a visita à fonte propriamente dita, porque pra conseguir uma boa foto é guerra (ou então você se rende a um dos fotógrafos que enchem seu saco por lá e paga muitos euros numa foto deles), mas ainda assim eu confesso que adoro.

Gente "é bóia" na Fontana di Trevi
Dica: em Roma ande sempre com uma garrafinha à mão. Por toda a cidade, há milhares de fontes de água mineral onde é possível encher a sua garrafinha e não passar sede na viagem. Uma mão na roda isso, adorei!  A primeira que usamos foi lá, ao lado da Fontana di Trevi.


Não precisa gastar seus euros com água!
Jogamos a moedinha na fonte, como tem que ser - coisa de turista! - e fomos andar pelas ruas do entorno. Aproveitamos para almoçar numa trattoria lá perto, que tinha um menu fechado bem barato, a 8,50 EUR o prato (escolhemos penne) + coca-cola. Tava uma delícia! Depois do almoço, hora da sobremesa! Comemos o primeiro gelatto da viagem, artesanal, que tava uma maravilha! Meu pedido: "Cioccolato com fragola, per favore!". Estava AB-SUR-DO! Fiquei feliz da vida!   Andamos um pouco mais e chegamos à Piazza di Spagna, linda, cheia de bougainvilles e ponto de encontro de milhares de turistas e romanos.


Jogando moedinha para ter sorte
Mamma Mia!


Pense num sorvete bom!

Piazza di Spagna e seus bougainviles
Voltamos ao ponto do ônibus turístico e completamos o trajeto. Ainda era cedo quando voltamos ao Termini, então resolvemos comprar logo as passagens para a nossa ida a Nápoles, no outro dia, e comprar umas besteiras para comermos de manhã, para não depender do café do hostel. Feito isso, e ainda com muito sol pela frente, simbora passear mais que o que não falta são coisas pra ver em Roma! Saímos andando pela Praça da República, passamos pela Via Delle Quattro Fontane, Piazza Del Quirinale, Piazza di Pietra, e chegamos à Piazza dela Rotonda, onde fica o Pantheón. Fizemos a visita a este monumento, que já foi um templo dedicado aos deuses e depois passou a ser templo cristão. Incrível como está bem conservado. O negócio é de 27 a.c!!! Ok, não é tão velho assim porque ele foi destruído por um incêndio e todo refeito em 125, mas ainda assim, bote tempo nisso!

Uma das quatro fontes

Piazza Del Quirinale

Piazza di Petra

Pantheón


Passeamos ainda pela Piazza Navona, que é massa, cheia de artistas, Campo de'Fiori e voltamos pela Fontana di Trevi para vê-la à noite (lotada de gente, a qualquer hora). Jantamos e voltamos ao hostel para dormir. O outro dia seria bastante cansativo: bate-volta a Pompéia, com uma paradinha para uma pizza napoletana.

Piazza Navona


Fontana di Trevi à noite
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Passeando em Roma :: Do aeroporto ao Roma Termini

Quinta-feira, 03 de maio de 2012

Chegamos em Roma pelo principal aeroporto, o Leonardo Da Vinci. Para chegar ao centro da cidade há diversas formas (táxi, shuttle, ônibus...), mas a mais barata e rápida é pelo trem Leonardo da Vinci Express, que sai do terminal de meia em meia hora. Logo que você pegar as malas vai ver diversas indicações para o terminal do trem. Há diversos lugares onde você pode comprar a passagem, mas preferimos comprar no que parecia o oficial (e onde a fila era maior também. Pagamos 14 EUR cada). Um detalhe importante: valide a sua passagem! Antes de entrar no trem você vai ver uma maquininha para fazer isso. Se não o fizer, corre o risco de pagar uma boa multa.

A viagem dura uns 30 minutos e é tranquila - só foi um pouco desconfortável porque fomos um dos últimos a subir no trem e não conseguimos lugar sentados. O que não achei nada tranquilo foi a chegada ao centro de Roma, logo que saímos da estação Termini.

Roma Termini de dia

Uma amiga tinha me dito: "Mulher, a Itália é muito parecida com o Brasil, tu vai ver. Tem hora que parece que você está aqui". E confesso - infelizmente, porque foi o lado ruim disso - que foi o que senti nos meus primeiros minutos em Roma. Ao contrário de Lisboa, onde me senti segura e percebi uma cidade tranquila e organizada, me deparei com um lugar feio (perto do Termini), com muita gente esquisita e mal encarada e ruas mal sinalizadas. Já estava escuro quando chegamos e para sair da estação foi uma novela! Não conseguimos achar fácil a saída e eu, com muito medo de ser assaltada, pulei uma cerca, com mala e tudo, pra sair mais rápido dali e chegar numa rua movimentada. Situação que não dificilmente encaramos aqui no Brasil. O nosso hostel (Freedom Traveler) era ali perto, mas pra mim pareceu uma eternidade chegar até ele.

Depois que fizemos o check-in, deixamos as malas no quarto e fomos comer numa pizzaria em frente ao hostel, bem baratinha. Aí eu já estava mais tranquila e aproveitei para matar minha fome com muitas fatias de pizza a taglio (no peso). Isso feito em mímica e em portunhol porque os donos da pizzaria eram chineses e mal sabiam falar italiano, muito menos inglês. Mas viajando todo mundo se entende, de um jeito ou de outro. Já de barriga cheia, voltamos para o quarto para dormir e esperar o novo dia.


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29.7.12

Passeando em Lisboa: Alfama e Castelo de São Jorge

Quinta-feira, 03 de maio de 2012

Este dia foi de acordar cedo para aproveitar as últimas horinhas em Lisboa, já que à tarde pegaríamos o voo da TAP para Roma. Optamos por conhecer o Castelo de São Jorge, que é considerado o ponto mais representativo da cidade. Dava para ir andando, mas para economizar tempo e "pernas" pegamos um elétrico - e também tem um charme especial passear nesse meio de transporte. Descemos lá em cima, no Bairro da Alfama, num mirante que fica já pertinho do Castelo. O bairro era uma região árabe e é bem aconchegante, cheio de travessas, onde as pessoas se conhecem e se cumprimentam nas ruas. Na próxima vez que for a Lisboa pretendo passar um dia inteiro por lá. Pena que tínhamos pouco tempo e não passeamos muito pelo bairro, só tiramos umas fotos e fomos visitar o Castelo. 

Alfama

A entrada custou 5,50 EUR com o Lisboa Card. O lugar é muito legal e super gostoso de passear. Há uma vila de casas que foram da época de uma antiga cidadezinha medieval, onde morava a elite, pertinho do castelo. Este foi construído no século XI pelos muçulmanos e servia de fortificação para proteger aquela área. O lugar é enorme e ótimo para tirar fotos. Você sente como se estivesse mesmo naquela época, andando pelos jardins e apreciando uma vista perfeita da cidade e do Tejo, dos pontos mais altos do Castelo. Não dá pra ir a Lisboa sem passar por lá.

Alfama
Castelo de São Jorge
Eu na entrada do Castelo
Lisboa vista do Castelo de São Jorge

Saímos de lá, pegamos um ônibus na frente do castelo e fomos direto pegar as malas no hostel para irmos ao aeroporto. Nosso voo para Roma era às 14h05. Fomos para a parada do ônibus pegar o aerobus, mas passou um táxi que nos cobrou o mesmo preço até lá. Chegamos rapidinho e ainda batemos um papo bem legal com o motorista. As próximas horas foram de ansiedade para chegarmos logo ao próximo destino: ROMA! =D

No aeroporto a caminho de Roma
25.7.12

Passeando em Lisboa :: Belém, Bairro Alto e mais...

Quarta-feira, 02 de maio de 2012

O segundo dia de viagem estava com cara de primeiro. Depois de uma longa noite de sono, acordamos doidinhos para aproveitar Lisboa. A gente, que nem tinha incluído primeiramente a cidade no roteiro, estava adorando estar ali.

Cais do Sodré - Lisboa
Depois de tomar café no hostel, fomos até a Praça da Figueira pegar o Yellow Bus, que compramos no dia anterior. Dessa vez fizemos o trajeto azul, que nos levou a conhecer novos pontos da cidade, entre eles, a área de Belém. O ruim do passeio só foi a chuva, que deixou o frio ainda pior. Mas encaramos e tiramos foto de tudo, mesmo assim. A primeira parada foi no Mosteiro dos Jerônimos. Antes de entrar no local, fomos ao Museu da Marinha, que fica logo ao lado. Pagamos 3 EUR cada, com o desconto do Lisboa Card. O que queríamos mesmo era entrar em algum lugar, porque estava impossível aguentar o frio e a fila do Mosteiro estava gigantesca. Não tinha condições de ficar levando chuva nela.

Entrada do Museu da Marinha
A visita ao Museu da Marinha não é fundamental, mas é bem legal. Conta a história de Portugal e das grandes navegações, mostra curiosidades sobre embarcações, tem réplicas de uniformes de marinheiros e a  sala das camarinhas reais.

Museu da Marinha
Camarim da Rainha

Embarcação - Museu da Marinha
Quando saímos de lá a chuva tinha dado uma trégua e fomos enfrentar a fila do Museu dos Jerônimos.  A visita foi de graça com o Lisboa Card. Ainda pegamos uma chuvinha, mas foi pouca. O lugar é lindo, uma construção do século XVI, vale muito a pena passar por lá. Na capela (não paga a visita) fica o túmulo de  diversas personalidades portuguesas, como Luís Vaz de Camões, principal poeta da literatura portuguesa, o navegador Vasco da Gama, entre outros.

Morrendo de frio, em frente ao Mosteiro dos Jerônimos

Túmulo de Luis Vaz de Camões


Pátio do Mosteiro dos Jerônimos
Na saída a fome já batia e foi a hora de aproveitar que estávamos em Belém e finalmente comermos o tão falado pastel de Belém, o autêntico! A pastelaria fica pertinho do mosteiro - saindo dele, andando para a esquerda, na rua principal - e é bem movimentada. Não podia ser diferente, né?! Você pode comer no balcão ou lá dentro, nas mesas. Minha gente, o negócio é bom mesmo, viu?! Pedimos também bolinhos de bacalhau e pastéis fritos de carne. A barriga ronca só de lembrar, tudo muuuito bom! Até o suco de limão tava ótimo! Deu pra perceber porque só ele pode ser chamado de pastel de Belém. Os outros são apenas pastéis de nata. =D

Pastéis de Belém

Matando a fome em grande estilo. Ô delícia!

Salão da pastelaria

A fabricação dos pasteizinhos é artesanal e feita da mesma forma desde 1837, de acordo com uma receita do Convento dos Jerônimos (aquele ali do lado). Hoje eles são símbolo da gastronomia portuguesa.

Eu atracada com o verdadeiro pastel de Belém

Bom, matado o desejo de comer pastel de Belém, fomos até a Torre de Belém, que também não pode faltar no roteiro de quem está em terras portuguesas (entrada gratuita com o Lisboa Card). Para chegarmos lá, pegamos um outro ônibus turístico, menorzinho, que faz um trajeto por Belém e também faz parte do pacote que compramos do Yellow Bus.

Torre de Belém
Guardadas as devidas proporções, a Torre de Belém é como a Torre Malakoff aqui em Recife (será?! hehehehe). Ela era um importante ponto de defesa da cidade, às margens do Tejo. A torre é linda, parece  parte de um castelo medieval. Na parte mais baixa funcionava uma antiga prisão, um lugarzinho minúsculo e cheio de grades.

O local já foi cárcere político

Torre de Belém de frente

Eu e a Torre de Belém

Andamos por lá e chegamos ao Padrão dos Descobrimentos. O monumento é gigantesco e representa as grandes conquistas de Portugal com as navegações, tendo a figura do infante Dom Henrique à frente da Nau. No pátio do monumento há uma gigantesca Rosa dos Ventos, que fica mais bonita se vista de cima do prédio, de onde você tem também uma vista absurda da cidade e do Rio Tejo. A subida a este mirante custa 2,00 EUR com o Lisboa Card.

Rosa dos Ventos

Padrão dos Descobrimentos

Pegamos o Yellow Tur de volta para a Praça da Figueira e decidimos andar no Elétrico de Turismo, um bondinho que tem mais ou menos o mesmo papel do Yellow Bus, mas um clima e roteiro diferente. Tudo bem que não valeu o preço (12,50 EUR), mas entramos sem saber, achando que o nosso ingresso do Yellow Bus dava direito a ele também. Tomamos um susto quando fomos cobrados, mas fazer o quê?! Só nos restava aproveitar o passeio (mas se você estiver por lá e quiser andar de bondinho, ande em algum sem ser turístico. Há linhas que passam por praticamente os mesmos lugares que este).

Na volta, passamos num shopping perto do Elevador Santa Justa e fomos almoçar. Eu encontrei um restaurante brasileiro e não resisti (como resistir a carne, arroz, feijão, batata-frita e FAROFA?! Impossível!). Enchemos a pança e continuamos o passeio. Subimos o elevador Santa Justa (grátis com o ingresso do Yellow Bus), que é na verdade um transporte público da cidade. Ele tem 45 metros de altura e um mirante que oferece uma vista linda da parte baixa de Lisboa e do Castelo de São Jorge

Elevador Santa Justa

Subindo, chegamos ao Bairro Alto, super simpático, cheio de movimento e travessas agradáveis. Há também uma praça ótima, onde a vontade é ficar sentado por horas, só apreciando a cidade. A gente adorou esse lugar, passeamos pelas ruas como se estivéssemos em casa. Nos fins de semana, as ruas do Bairro Alto são o point da juventude lusitana, dizem que mal dá pra andar nas ruas de tanta gente. Mas era dia de semana e, apesar de já ser noite, o sol ainda reinava. Entramos num barzinho e descobrimos a ginja, bebida típica de Portugal, bem gostosinha, mas um pouco enjoada de tão doce. É um licorzinho de cereja que vende em todo lugar por lá como aperitivo.

Terraço do Elevador Santa Justa

Bairro Alto


Praça no Bairro Alto
Também no Bairro Alto fica o Elevador da Glória, outro transporte público que liga a parte baixa (Praça dos Restauradores) a esta outra parte. Como estávamos ali para turistar e com o ingresso do Yellow Bus em mãos (que dava direito a andar nos transportes públicos), subimos e descemos, só pra ver como era.

Elevador da Glória
A essa altura já estávamos bem cansados e resolvemos nos poupar e voltar ao hostel. No outro dia teríamos que acordar cedo para a nossa última manhã em Lisboa. Descemos novamente pelo elevador Santa Justa e passeamos para o nosso cantinho, mas ainda com vontade de ficar um pouco mais por ali.