28.6.10

O São João danado de bom de Arcoverde

Eu sou suspeita para falar de festa porque adoro qualquer tipo de comemoração. Escolher uma delas fica difícil, mas sem dúvida São João é uma das minhas preferidas. A comida é gostosa, a música é boa e a cultura e tradição que envolvem os festejos juninos são riquíssimos. É festa pra comer, se divertir, dançar, brincar, fazer simpatia, aprender...


Aqui em Pernambuco as opções para curtir a maior festa do Estado são muitas, mas nem sempre a maior é a mais agradável. Muitas festas já estão saturadas e fica difícil brincar o verdadeiro São João. Mas em Arcoverde, a "capital" do sertão pernambucano, a 252 km de Recife, a festa é e continua danada de boa! Este ano meu São João foi lá. Não deu pra brincar o quanto eu queria porque só pude curtir dois dias de festa. E São João na terra do coco de roda dura muitos dias.

A festa começa a partir das 17h, com apresentações de cultura popular no Alto do Cruzeiro, no Pólo Raízes do Coco. Repentistas, poetas e trios pé-de-serra fazem a festa. Mas as apresentações mais animadas e esperadas pelo público são mesmo os grupos de coco, tradicionais de lá. No final da tarde também há apresentações de poetas na Bodega da Poesia, Pólo Alternativo. Mas esse não tive oportunidade de ver.


Quando as apresentações desses pólos terminam, o centro da cidade já está se preparando para receber o público. Lá ficam os outros palcos, um bem pertinho do outro. A prefeitura enfeita a cidade, com direito a uma vila cenográfica, a Vila Olho D'água, com casas de taipa, milharal, santos... Grupos de quadrilha, pífano e artistas populares itinerantes se apresentam desde às 20h. Barzinhos estão abertos desde cedo e um parque de diversões também é instalado, para alegria de todos nós. Andar na roda-gigante é obrigatório! Se bem que o preço não estava condizente com os parquinhos de interior. Uma entrada para qualquer brinquedo custava R$ 2,50!


Nos palcos, as apresentações começam às 22h. Tem o palco multimusical, onde se apresentam grupos de rock; o palhoção pé-de-serra, para ralar o bucho; o palco das artes, onde se apresentam grupos de reizado, coco, xaxado, quadrilhas e mais um monte de coisa boa; e o palco principal, onde as bandas maiores dão o show. Até às 03h não vai faltar programação.
Eu, particularmente, adorei o palco das artes. Os grupos são bem autênticos, apresentam sua cultura com maior orgulho e divertem quem está por lá. Todo mundo dança junto.


Depois da festa terminar, o jeito é ir dormir e aproveitar o friozinho gostoso que faz na cidade essa época (+/-17°). E torcer para que o outro ano não demore a chegar.