Sábado, 30 de março de 2013
Esse foi o dia de conhecer o que eu mais esperava do México: cores, mercados, feiras, arte, alegria e gente, muita gente.
Acordamos super cedo, ansiosíssimos com o que a cidade tinha a nos oferecer. Depois do passeio no
Turibus, ficamos ainda mais empolgados por estarmos ali. Escolhemos o sábado para conhecer os bairros de
Coyoacán e San Ángel, que ficam ao sul da cidade, e antigamente eram colônias - assim como vários outros bairros da Cidade do México - por acontecer nesse dia o famoso Bazar de Sábado, em San Ángel, e outras feiras pelas praças dessas bandas.
Pegamos o metrô (quase de graça, MXN 3 = R$ 0,48) e descemos na estação
Viveiros, em
Coyoacán. A saída fica na calçada de um grande parque (meio acabadinho), de mesmo nome da estação, onde muitos mexicanos fazem seus exercícios matinais, acompanhados pela graciosa companhia de
esquilos. A princípio, achamos o arredor do lugar meio estranho, mas depois vimos que não oferecia perigo. Demos uma volta no parque e saímos pela
Avenida México, em direção à
Calle Londres, onde fica o
Museu de Frida Kahlo.
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Viveiros de Coyoacán |
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Eu no Viveiros de Coyoacán |
Chegamos ainda cedo e já tinha uma filinha à nossa espera, mas que andou rápido. A entrada custa MXN 80 por pessoa e outros MXN 60, caso queira fotografar. Eu não ia perder a oportunidade de tirar fotos de um lugar tão especial e acho que super valeu a pena ter dispensado esses pesos.
O museu é incrível, principalmente se você conhece a história da artista e já assistiu ao filme sobre a vida dela. Estar ali dentro é como estar no filme e de tão mexicana que é a famosa Casa Azul, nem parece real. Mas, segundo o museu, era tudo daquele jeitinho como está exposto. No começo do passeio há uma exposição com diversas obras da artista, anotações, roupas, e depois a gente segue pela casa, para visitar todos os cômodos, como o atelier, os quartos e a cozinha tão adorada. No final, ainda vimos uma exposição sobre as roupas e acessórios de Frida. Passeio obrigatório!!!
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Entrada do Museu |
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Cozinha de Frida |
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Cadeira e tela da artista |
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Cama do dia de Frida |
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No jardim da Casa Azul |
Saímos e fomos pela Calle Allende para o Mercado de Coyoacán. Já estava adorando tudo, pois o bairro é super agradável, gostoso de passear. Mas ao chegar no mercado e dar de cara com as cores do artesanato mexicano foi que meu coraçãozinho disparou. Queria trazer o México pra casa! Andamos bastante por lá e paramos para comer as Tostadas de Coyoacán, super tradicionais. Eu nem ia comer, mas vi que a pimenta vinha à parte e resolvi experimentar. E para a minha surpresa, adorei. Para acompanhar, bebemos água fresca de tamarindo (não é suco, nem refresco, é água!). Mais típico impossível! Durante o lanche, conversamos com alguns mexicanos que estavam por lá e havia quem morasse longe e aproveitasse o dia de folga para ir até o bairro só para comer as tostadas. Fica a dica! ;)
Anote: Tostadas de Coyoacán, Mercado de Coyoacán :: MXN 25. Água fresca de tamarindo, MXN 15.
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Piñatas mexicanas |
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Tostadas de Coyoacán, no Mercado de Coyoacán |
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A tostada de pollo e água fresca de tamarindo |
Logo em frente a este mercado fica a Praça Hidalgo, cercada de bares, restaurantes e sorveterias. Bem pertinho também fica o Mercado de Artesanato de Coyoacán, que tem várias coisinhas legais, e o Jardín del Centenário, outra praça bem bonita. Vale comprar um helado e colocar os pés pra cima um pouco (isso se conseguir uma sombrinha).
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Jardín del Centenário |
Depois de passear pelo bairro, pedimos informações e pegamos um ônibus na Av. Miguel Angel de Quevedo até o bairro vizinho de San Ángel. O Bazar del Sábado funciona na Praça San Jacinto. É super legal, mas não achei as coisas das lojinhas com preços muito atraentes. Mas na própria praça em frente, e também ao lado, há várias outras barracas de artistas locais com coisas muito legais e preços bem melhores.
Dica: a passagem de ônibus varia de acordo com a distância percorrida, mas a média é de MXN 4. Tenha sempre um dinheirinho trocado para facilitar, pois dificilmente eles terão troco.
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Helados |
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Apresentação no Bazar de Sábado |
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Feirinha em San Angel |
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Ruas em San Angel |
O bairro é mega agradável e você vai passear feliz da vida pelas ruas de pedra cercadas de casas coloniais. Depois dessas comprinhas, fomos até o Museu Casa Estúdio de Diego y Frida Kahlo (MXN 12 por pessoa). É legal, mas não chega aos pés do de Frida. Pegamos um ônibus na Av. Altavista de volta para a estação Viveiros. Aí, um susto: o ônibus era dirigido por um doido e tinha uma galera meio "família" do motorista em pé, todos conversando, escutando música alta e vestindo preto. Enfim, um povo esquisito. Ficamos assustados como podia uma empresa permitir que um motorista trabalhasse daquele jeito, mas depois é que percebemos: na Cidade do México os ônibus são como transportes particulares regulamentados, não são de empresas. E o mais engraçado é que eles são bem pequenos e muito velhos, alguns até sem porta. Então, não estranhe se passar por uma situação parecida.
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Museu Casa Estúdio de Diego y Frida |
Na volta, passeamos mais pelo centro da cidade para aproveitar aquele clima de alegria de um sábado no México. Fomos até o Parque Alameda Central, onde fica o Palácio de Bellas Artes e onde tinha mais feirinha. Todo lugar tem artistas de rua e a quantidade de gente é sempre impressionante. Também assistimos a uma apresentação de índios em frente ao Palácio de Mineria. Coisa não faltou para fazer!
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Apresentação de índios no centro |
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Avenida fechada nos fins de semana |
Voltamos já tarde para o hostel depois desse dia que me fez apaixonada por aquela cidade.