22.10.10

Naturalmente ontem e hoje, no 15º Festival de Dança do Recife

:: Fotos: Victor Jucá ::

Fazia tempo que eu não me emocionava com um espetáculo. Ontem, ao assistir Naturalmente - Teoria e Jogo de uma Dança Brasileira, meus olhos brilharam e meu coração deu aquelas palpitadas fortes, uma coisa mexeu lá dentro. O espetáculo marcou a abertura oficial do Festival Internacional de Dança do Recife. A programação vai até o dia 30 deste mês.

A apresentação em questão foi ontem à noite, no Teatro de Santo Isabel, mas vai acontecer de novo hoje, no mesmo horário e local. A entrada custa só R$ 5. Se for como ontem, é bom comprar cedo porque estava bem lotado.

Naturalmente é um espetáculo-aula. Quem comanda é o pernambucano Antonio Carlos Nóbrega, que nos leva para dentro de sua busca por uma identidade nacional da dança. A apresentação é didática, já que muitas vezes ele explica seu processo criativo, como pensou, por onde passou, o que pesquisou, até chegar no - maravilhoso - resultado. Os elementos de diversos ritmos nos são mostrados e vamos aos poucos descobrindo passos combinados que muitas vezes usamos sem saber sua origem. Mas não dá para tentar explicar muito. Embora tenha essa característica didática, explicativa, o espetáculo é todo sentimento. Arte é assim, né?! Tem que sentir.


Para quem puder, a dica de passeio de hoje é correr pro Teatro de Santa Isabel, comprar o ingresso e se emocionar à noite com a dança. Quem não puder ir hoje, muita coisa ainda vai acontecer, até o útlimo dia do evento. Vejam a programação

Eu já estou doida para me emocionar de novo.
19.10.10

Comida caseira do Japão :: As delícias do Sr. Wadamon

Sabe aquele lugar que você acha bem por acaso, que fica numa rua escondida, sem saída, e pelo qual você não dá nada?! Assim ERA para mim o Umi No Sati, restaurante japonês que fica na Tamarineira.
Na primeira vez que passamos por lá, eu e meu namorado vimos aquela casinha verde no final da rua, que tinha na entrada um mega banner dizendo funcionar ali uma Temakiria (assim mesmo). Então, semana passada, lembramos desse lugarzinho: "Bora lá naquela temakeria ver se presta?"


E não é que presta!?! Logo ao chegar, a primeira surpresa. No mesmo banner onde tem o nome do restaurante, está escrito: "único sushiman profissional do Japão no Recife". Aí já percebemos que o negócio era bom mesmo! 
O lugar é simples. Uma casinha de paredes verdes, com mesinhas de plástico no quintal e umas outras de madeira pela sala. Nas paredes, uns cartazes explicativos sobre a forma certa de saborear a culinária oriental. Sentamos entre a sala e o jardim.

As opções são inúmeras! Entradas, massas, frituras, temakis, combinados... o que você imaginar. E os nomes não são muito familiares. Ficamos meio perdidos, mas nada que a simpática Maki (Meu nome é Maki, mas não é sushi, tá?!) não resolvesse. Ficamos então com um Sunomono de Salmão e Peixe Branco de entrada (R$ 10,80) e pedimos Temaki Aburi de Salmão, (R$ 11,80) sugestão dela.

O ambiente é agradável e engraçado. A graça fica por conta da senhora japonesa atrapalhada  que, por duas vezes, vem em nossa mesa, com um sorriso no rosto, colocar uma cerveja que não pedimos. Ela continua com o sorriso, balança a cabeça afirmando que entendeu que não era para a gente, e sai em busca do dono da bebida. A conversa dela e de Maki é em japonês, língua que dá um ar engraçado aos ouvidos.

Aí chega o pedido. Primeiro vêm os guardanapos, que são na verdade aquelas toalhinhas mornas. Nada de guardanapo de papel. Limpamos as mãos e fomos saborear o sunomono. Primeiro, a explicação: "Não coloquem shoyo porque já tem no molho. E nem peçam wasabi porque a receita original não leva". Então tá. Saboreamos do jeito que veio. Delícia! Eu, que não me dou bem com peixe branco, adorei. Maki havia me avisado "peixe branco aqui é diferente". Isso porque eles não servem esse peixe cru, mas sim maçaricado, já que ele é muito oleoso. O pepino também é um caso à parte. Nunca vi tão fino! Tudo vem boiando no molho feito a base do shoyo. Aprovadíssimo!
Depois foi a vez do temaki. Achei um pouco diferente do que estamos acostumados, pois ela aconselhou não colocar o shoyo (ele não deve ensopar o arroz, como fazemos normalmente). Mas, mesmo assim, gostei das novidades e devorei o cone. Para fechar a noite, pedimos um tempurá de sorvete (13,50). Dessa vez quem nos atendeu foi a senhora japonesa:

- Qual o sabor do sorvete? - perguntei.
- "No ricoremo no?"
Tá.... (?)

Aí chegou o prato e ficamos ainda mais felizes por termos ido até lá.
Depois, batemos palma para pedir a conta - como elas orientaram - e saímos de lá com a certeza de que a comida faz jus ao nome do lugar. Umi no Sati = Felicidade no Mar.

Vai lá?
Umi No Sati
Rua Afonso Celso, 100 :: Tamarineira
(Por trás do Nakumbuca / Fiteiro)
Não funciona às quartas
15.10.10

Bubu Brasil é bom, bonito e barato

Um dia desses eu queria comer uma pizza, mas já estava meio de saco cheio dos mesmos lugares, queria um ambiente mais agradável, diferente, mas que não fosse prejudicar meu bolso. Meu namorado lembrou então de um lugar no qual a gente sempre passava na frente, mas nunca tinha ido. Aí fomos!

A tal pizzaria é a Bubu Brasil, que fica nos Aflitos. O lugar é bem agradável, uma casa pequenininha, com um jardim meio escuro, umas mesinhas de madeira, tudo bem atrativo. Ah! E todo temático da África, da roupa dos garçons (chamadas Bubus, uma vestimenta típica) à decoração, passando pelos nomes dos pratos.
Sentamos e pedimos o cardápio. Logo chegou o dono do lugar, que nos recebeu, perguntou se era a primeira vez e nos apresentou todo o menu, composto por entradas, saladas, crepes e pizzas. A variedade é boa e os preços ótimos.
As saladas variam de R$ 13,50 a R$ 16,90. Já os crepes, de R$ 12,20 a R$ 20. As pizzas, que servem bem duas pessoas (6 fatias), ficam entre R$ 14 a R$ 26,40. As composições dos pratos são das mais variadas, mas você pode mudar a seu gosto. Se a pizza for pedida em dois sabores, o preço fica proporcional a cada sabor, e não o valor da mais cara, como em muitos locais por aí.

Pedimos uma entrada deliciosa (que agora esqueci o nome), uma cestinha de massa de pizza com dois molhos, um de tomate e outro com gosto mais forte, meio árabe. Depois foi a vez de provarmos a pizza. Ficamos com meia margherita (tem outro nome) e meia bubu brasil, uma pizza que mistura queijos, camarão e manga. A massa é bem fininha e crocante, uma delícia! Ah! E tudo é servido bem rápido. Pra mim, que me desespero quando estou com fome, foi uma agradável surpresa.

(Desculpem-me a falta de fotos, mas a fome foi maior e eu nem lembrei de tirar quando chegou a pizza).

Vai lá?
Bubu Brasil
Av. Santos Dummont, 270 :: Aflitos
:: 3426.4470 ::
De terça a quinta, das 18h às 0h
De sexta a domingo, das 18h às 1h
11.10.10

Calhetas pela Ponte do Paiva

Sábado de "meio feriado", um sol lindo e a dúvida sobre o que fazer. Viajar era difícil, já que as pousadas só fechavam pacotes.
- Bora para alguma praia aqui por perto então.
- É! "Vamo" pela Ponte do Paiva!

Aí pronto!

A ponte do Paiva foi inaugurada em junho deste ano e a gente ainda não conhecia. Num pulo chegamos.
A impressão realmente é das melhores. Confesso que não gosto dessa coisa de pagar pedágio, mas vale a pena viajar para o litoral sul por lá. A distância é menor e a organização e a beleza do lugar deixam o passeio mais agradável.

A tarifa no final de semana, para carro pequeno, custa R$ 5,50. Pagamos e aí começou o passeio. A ponte é bem legal, bonita e a vista do encontro do rio com o mar já faz valer passar por ali. Quando chegamos na pista, a impressão que dá é que não estamos aqui no Estado. Tudo muito chique, a estrada nova, pessoas "finas" andando em suas bicicletas pela ciclovia, sinalização por toda a parte, carros de salvamento, guardas, tudo muito bem estruturado.


Decidimos, então, dar uma parada por ali mesmo. O mar estava bem seco, o que fez com que a praia fosse tomada por diversas piscininhas naturais. Pouquíssimas pessoas estavam por aquelas bandas. Andamos um pouco, tomamos um banho rápido e seguimos. Para os despreparados como nós, vale avisar que não há bares, restaurantes ou mesmo barraquinhas nessa praia, então se for passar o dia por lá é bom levar sua esteirinha, seu isopor (ou cooler, para ser mais chique) e aproveitar.


Depois dali fomos à praia de Calhetas. Fazia muito tempo que não ia por aquelas bandas e fiquei bem feliz por ter voltado lá. O problema é o acesso. As pistas que levam às praias do Cabo de Santo Agostinho são péssimas e os carros se espremem para passar um ao lado do outro.

Mas, fora isso, o lugar é lindo, a praia uma delícia, diversos restaurantes e barraquinhas com tudo de mais gostoso. Sentamos, comemos um ensopado de sururu delicioso, aproveitamos a praia e voltamos satisfeitos com o passeio. Fica a dica para vocês também.